O ciclismo segue por França com mais uma prova por etapas, esta com uma lista de participantes ainda mais recheada de nomes sonantes.



 

Percurso

A 6ª edição da competição gaulesa terá, provavelmente, uma das melhores start lists de sempre, com o campeão do Mundo Julian Alaphilippe à cabeça. Quatro dias com um percurso variado e chegadas para todo o tipo de ciclistas.

 

Etapa 1

Aubagne recebe o início do Tour de la Provence, numa etapa de 182 kms e com 2543 metros de desnível acumulado positivo. Dia muito complicado que se inicia com uma contagem de 1ª categoria, o Col de l’Espigoulier (10,9 kms a 5.3%).

O terreno é ondulante durante muitos quilómetros apesar das contagens de montanha só surgirem na segunda metade. Apesar disso, só no Montée du Camp (4,8 kms a 3.8%) é que poderão existir ataques. A subida termina a 26,5 kms do fim, ainda fica a faltar um pequeno topo mas o terreno é muito rápido até à chegada, devendo decidir-se ao sprint.

 

Etapa 2

A média montanha continua no 2º dia, uma etapa com idêntica quilometragem (174,5 kms). O Col de la Mort d’Imbert (7,2 kms a 3.7%) e Col Montfuron (3,6 kms a 4.1%) servirão para aquecer as pernas dos ciclistas, pois tudo se deverá decidir na chegada a Manosque.

1800 metros a 3,3% é aquilo que os corredores terão pela frente sendo que os primeiros 800 metros são os mais duros (a 5,2% de média) e será onde os puncheurs deverão tentar deixar os sprinters para trás.




Etapa 3

Etapa rainha desta prova! Uma mítica chegada em alto digna de uma etapa de Grande Volta! 152 kms, onde os primeiros 142 são mais acessíveis (apesar das duas contagens de montanha de 3ª categoria).

O menu principal será servido no Mount Ventoux com os ciclistas a subirem até Chalet Reynard (9,7 kms a 9,1%). Poucas são as zonas de “descanso”, se as podemos chamar assim, numa subida muito constante e sempre a rondar a sua inclinação média. No ano passado, Nairo Quintana foi o mais forte, conseguirá repetir o feito?

 

Etapa 4

Salon-de-Provence acolhe o final da competição e, após 3 dias mais complicados, os sprinters deverão ter a verdadeira oportunidade de se defrontarem na luta pelo triunfo, numa tirada de 163 kms.

As dificuldades são curtas e pouco duras (3 contagens de 3ª categoria), com a última a surgir a cerca de 40 quilómetros do fim, pelo que nada deverá impedir uma chegada ao sprint, numa reta da meta longa, ideal para um final rápido.

 

Tácticas

À partida tudo se decide no Mont Ventoux, mas a 1ª etapa pode trazer surpresas. Como não é um evento do World Tour a atitude pode ser mais ofensiva que o habitual e há várias equipas com múltiplas opções que quererão jogar as suas cartas logo de início e colocar-se numa posição favorável. Aliás, há equipas que terão de fazer isso como a Lotto-Soudal e há outras que podem querer entrar neste jogo pela força dos números como a Astana, a Ineos (pela incerteza da condição física de Bernal) ou a Bahrain.



 

Favoritos

Um dos ciclistas que nos parece mais bem posicionado tendo isto em conta é Alexey Lutsenko. O corredor cazaque tem o hábito de começar a temporada autenticamente a voar e tanto a 1ª como a 2ª etapa são do seu agrado. A Astana tem aqui uma equipa ridiculamente forte e vai querer jogar com os números. Vlasov poderia partir como líder, mas o russo já disse que vem aqui trabalhar.

Quem também está numa formação com muitas opções é Jack Haig, que vai querer estar muito bem na sua estreia pela Bahrain. É importante vincar a sua posição interna e Haig tem o hábito de começar também muito bem o ano (2º na Volta à Comunidade Valenciana e na Vuelta a Andalucia em 2020). Haig também já andou muito bem em clássicas como o Giro di Lombardia.

 

Outsiders

A INEOS é um grande ponto de interrogação neste esquema, mas seria impossível não a mencionarmos já que vem com Bernal, de Plus, Dunbar e Sosa. Bernal parece melhor que no final de 2020, mas ainda longe do seu melhor, de Plus regressa à competição depois de muito tempo parado e Ivan Sosa é muito irregular. Ainda assim, acreditamos que Ivan Sosa pode ser o ciclista protegido, a questão é que para isso a equipa tem de o escudar muito bem nos primeiros 2 dias. Caso esteja perto do seu melhor a aposta será Laurens de Plus.



O ciclista mais em forma actualmente talvez seja Tim Wellens. É ponto assente que o Mont Ventoux é demais para o belga andar com os melhores, daí ser crucial que se mexa na 1ª etapa. Para isso é preciso a Lotto-Soudal partir a corrida com Oldani e Gilbert e que haja uma fuga relativamente grande onde Wellens esteja inserido.

Não há muitos candidatos à vitória que cheguem com competição nas pernas, um deles é Bauke Mollema, o que lhe confere uma vantagem relativamente à concorrência. A Trek-Segafredo tem Ciccone e Niklas Eg para ajudar o holandês, que não tem medo de atacar neste tipo de corridas.

 

Possíveis surpresas

Patrick Konrad não é propriamente um puro trepador, mas como mostrou no Giro defende-se perfeitamente na alta montanha. O ciclista austríaco anda bem nas clássicas também e a par de Felix Grossschartner (que caiu na Etoile de Besseges) formam uma dupla perigosa. A Quick-Step vem com Julian Alaphilippe, mas acreditamos que o francês está ainda longe do seu melhor, tem outros objectivos e a subida longa não o favorece (só irá ao limite em circunstâncias especiais), pode ser a oportunidade de Mauri Vansevenant. Com a possibilidade de uma corrida partida na 1ª etapa quase toda a Astana tem de ser considerada, desde Aleksandr Vlasov, a Ion Izagirre, e até Gorka Izagirre. Enric Mas é outro nome a ter em conta, mas o espanhol não tem por hábito começar as temporadas a full-gas, precisa de alguma competição para tirar o melhor de si, e além disso é uma Movistar algo debilitada. Dentro da Bahrain, Wout Poels deve ser outro ciclista protegido, uma verdadeira caixinha de surpresas, sendo que Dylan Teuns sabe que tem de atacar logo na abertura. Estamos muito curiosos para ver o que Fabio Aru consegue nesta nova equipa, o italiano divertiu-se no Inverno com o ciclo-crosse e parece estar muito melhor psicologicamente. Warren Barguil tem aqui liberdade total para se mostrar, mas com uma Arkea focada em Bouhanni, há algum tempo que não vemos Barguil a lutar com os melhores na alta montanha. Aurelien Paret-Peintre, Jesus Herrada ou Ben O’Connor vão querer estar no top 10.



Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Mark Donovan e Giovanni Aleotti.

 

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