Willunga Hill - Australia - wielrennen - cycling - cyclisme - radsport - Richie Porte (Australia / Team Trek Segafredo) - Wout Poels (Netherlands / Team Sky) pictured during the Santos Tour Down Under - stage 6 from McLaren Vale to Willunga Hill (151.5 KM) - photo Dion Kerckhoffs/Cor Vos © 2019

A Austrália volta a dar o tiro de partida ao calendário World Tour! O ciclismo está de regresso ao mais alto nível e espera-se espetáculo para a primeira competição do ano.

Percurso

A 22ª edição do Tour Down Under começa com uma etapa em circuito, algo já habitual na competição australiana. Tanunda recebe a partida e a chegada da 1ª etapa, que tem 150 quilómetros. Um circuito de 30 quilómetros com uma subida de 600 metros a 4% a 13,5 quilómetros da meta.

Stirling é já uma chegada tradicional desta competição e em 2020 não será excepção. Uma localidade onde já ganhou Manuel Cardoso. 135,8 quilómetros de extensão, com os últimos 63 a serem feitos no difícil e exigente circuito de Stirling.



Os derradeiros 7300 metros (inclinação média de 3.3%) são a parte mais dura: os primeiros 4 kms a 4%, seguidos de uma descida de 1 km, a que se segue 2300 metros a 1.3%, antes dos derradeiros 1300 metros a 3.8%, com os últimos 300 metros a serem os mais “duros”, com rampas a 4.2%. Uma chegada complicada, já que os homens da classificação geral deverão meter-se ao barulho para tentar as bonificações, ao mesmo tempo que alguns homens rápidos vão aparecer.

A classificação geral começa a decidir-se ao 3º dia, com a complicada chegada a Paracombe. Somente por duas vezes foi final de etapa, com Rohan Dennis e Richie Porte a vencerem aqui. Após uma etapa relativamente fácil, Paracombe são 1200 metros a uns impressionantes 9.2%, vai fazer doer as pernas a grande parte do pelotão.

Murray Bridge deverá receber a nova chegada ao sprint. É certo que a primeira parte da etapa é mais ondulada, perfeita para uma escapada, mas com tão poucas oportunidades, os homens rápidos não vão querer deixar escapar esta chance.





A derradeira oportunidade dos sprinters surge em Victor Harbor, uma localidade bastante habituada a receber o Tour Down Under mas onde nem todos os homens rápidos podem estar presentes. A 22 quilómetros da chegada aparece a Kirby Hill (1600 metros a 8,7%) que, se for bastante endurecida, pode dificultar a vida de muitos. Já a 5,5 quilómetros do fim, há 1400 metros a 4.1%, ou seja, uma dificuldade extra para os sprinters e as suas equipas.

Dia de Willunga Hill, com a dura subida a ser ultrapassada por duas vezes, o que endurece ainda mais o traçado. 2 passagens pela mítica subida de 3600 metros a 6,8% de inclinação média sob o abrasador sol do verão australiano. Está presente “O Rei de Willunga”, vencedor desta chegada em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, um registo impressionante, esta ascensão é perfeita para Richie Porte.

Percurso diferente, nomes diferentes, o mesmo desfecho?

A organização decidiu alterar este ano um pouco o percurso, a chegada a Victor Harbor tem um traçado que não se fazia desde 2016, quando Simon Gerrans ganhou lá em pelotão reduzido. E a subida a Paracombe só foi palco de chegada em alto por 2 ocasiões, os vencedores foram os ilustres Richie Porte e Rohan Dennis, ambos viriam a ganhar a geral nessa época.

Estão aqui vários corredores que costumam ser protagonistas (Richie Porte, Rohan Dennis, Daryl Impey, Luis Leon Sanchez, Diego Ulissi, Jay McCarthy, Nathan Haas), a questão é se algum dos nomes novos pode alterar o rumo dos acontecimentos, ciclistas como Simon Yates, Romain Bardet, Pavel Sivakov ou Ben Hermans.



Nas 2 últimas edições vimos a mesmo luta, Daryl Impey a bonificar e ganhar vantagem e depois a tentar defender com sucesso a investida de Richie Porte na montanha, o mais provável é vermos o mesmo este ano, Impey tem francas hipóteses nas chegadas a Victor Harbor (a Mitchelton pode trabalhar e afastar a maioria dos sprinters) e Stirling e para além disso há 4 sprints intermédios, que também dão bonificações nos primeiros 40 kms de etapas. A chave para o sucesso pode ser Simon Yates, imaginando um cenário em que Porte arranca e Yates só tem de seguir a sua roda para proteger Impey.

 

Favoritos

Com 5 pódios nas últimas 5 edições é impossível não considerarmos Richie Porte, principalmente quando até tem deixado boas indicações nos treinos. Esta corrida é sempre um foco muito grande para o australiano, que já tem 34 anos. Vai precisar de ganhar tempo a Impey logo em Paracombe, já se viu que não consegue fazer as diferenças que fazia em Willunga.

Acreditamos que a primeira opção na Mitchelton-Scott continuará a ser Daryl Impey, apesar da presença de Simon Yates. E apesar do percurso este ano ser mais duro também. Como já referimos para ganhar Impey terá de bonificar e muito e estar em excelente condição física como esteve em 2018 e 2019 nesta altura.




Outsiders

A inclusão da subida de Paracombe foi a melhor notícia para Rohan Dennis, o australiano gosta desta subida e vai querer começar esta sua estadia na Team Ineos da melhor forma. Provou na última Volta a Suíça que está muito melhor na montanha, mas estes esforços mais explosivos requerem outra capacidade, será que Dennis trabalhou nisso este defeso?

Diego Ulissi adora esta prova, foi 3º em 2014, 11º em 2016, 5º em 2017, 4º em 2018 e 9º em 2019, acabou sempre entre os 11 primeiros. É explosivo, consegue somar bonificações e gosta de esforços explosivos como a subida de Paracombe, que se adapta melhor a ele que Willunga, parece difícil ganhar, mas o pódio é perfeitamente possível.

Este é um verdadeiro tiro no escuro, mas com razões para tal. Romain Bardet faz a sua estreia nesta competição, mas está realmente apostado, tanto nela, como em 2020. O francês está na Austrália desde Dezembro, o que revela bem a sua ambição, está perfeitamente ambientado ao clima e ao fuso horário e com muita vontade. Parece-nos daqueles ciclistas que faz pódio ou fica fora do top 20, uma incógnita.



 

Possíveis surpresas

Por falar em incógnitas, o que dizer de Simon Yates? Uma segunda carta da Mitchelton que disse querer começar a época de forma calma. Ainda assim Yates tem tanta capacidade nestes esforços entre 3 e 10 minutos que mesmo a 80% pode discutir a corrida. Luis Leon Sanchez também tem um grande registo no Tour Down Under, 8º em 2018 e 4º em 2019, a Astana tem o hábito de arrancar muito bem o ano e tendo o apoio de Fraile e Felline é possível fazer estragos.  Para os australianos este é o grande objectivo do ano, Jay McCarthy e Nathan Haas têm muito em comum. Ambos já fizeram top 5 aqui e ambos desiludiram nos últimos 2 anos, temos particulares expectativas em ver o que Jay McCarthy é capaz de fazer. Na Jumbo-Visma há 2 opções, e apesar de George Bennett partir como líder no papel, também Chris Harper tem uma palavra a dizer. O mesmo se passa na Team Ineos, Pavel Sivakov foi uma das revelações de 2019 e se o russo continuar numa trajectória ascendente o céu é o limite. A Deceuninck-QuickStep está focada em Sam Bennett para o sprint, mas Dries Devenyns e o reforço Mattia Cattaneo terão a porta aberta para correr pela geral. Por fim, olho em Ryan Gibbons, a NTT Pro Cycling está a mudar progressivamente e Gibbons tem boas características para esta corrida, é explosivo e passa muito bem a média montanha.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Jai Hindley e Antwan Tolhoek.




Tips do dia

As nossas tips para amanhã e para a geral são:

Kristoffer Halvorsen melhor que Alberto Dainese a 1.57 (stake 2)

Sam Welsford melhor que Martin Laas a 1.72 (stake 1)

Para a geral, Rohan Dennis melhor que Simon Yates a 2.25 (stake 1)

ZWEELER

O Tour Down Under marca o início do Fantasy Cycling do Zweeler, que já aqui falámos, podem ler toda a informação aqui. Os prémios já vão em mais de 13 000 euros para o jogo normal e em mais de 8 000 euros para o jogo de orçamento, cada um tem um custo de 10 euros!

Mas também existe um jogo específico para o Tour Down Under, tem um custo de somente 5 euros, já vai em mais de 1 200 euros de prémios e o vencedor tem garantidos 200 euros! Diverte-te enquanto tens a hipótese de ganhar prémios incríveis!

REGISTA-TE NO ZWEELER AQUI

By admin