A digressão do ciclismo pelo Médio Oriente continua em Omã, numa prova que regressa à estrada 3 anos depois e onde Rui Costa se costuma dar bem.
Percurso
Etapa 1
O Tour of Oman começa com uma etapa plana, onde apenas existe uma pequena contagem de montanha, que garantirá uma importante subida ao pódio. Um dia para os muitos sprinters aqui presentes, num final que será em ligeira subida.
Etapa 2
Dia mais plano que este não existirá na competição. Os homens rápidos que falharam ao primeiro dia têm, aqui uma grande oportunidade para corrigirem os erros e tentarem o triunfo.
Etapa 3
Na 3ª jornada teremos o final em Quriyat, o final já habitual noutras edições. É uma chegada com alguma dureza, 2800 metros a 6,5%, mas com rampas mais duras já que tem uma fase mais plana a meio. Os últimos vencedores aqui foram Soren Kragh Andersen em 2017 e Alexey Lutsenko em 2019.
Etapa 4
A 4ª etapa tem 119 quilómetros e é muito interessante, pode provocar uma revolução na classificação geral. Na 2ª metade há 3 passagens pela subida de Al Jabal, feitas por 2 vertentes diferentes, a 1ª e a 3ª com 4000 metros a 6,7%, a 2ª com 3600 metros a 8,9%. A última das passagens fica a 14 quilómetros do final.
Etapa 5
Segue-se então a etapa rainha, a chegada à Green Mountain, uns terríveis 5,7 kms a 10,5%, com potencial de fazer muitas diferenças.
Etapa 6
A última tirada tem algumas subidas, mas é previsível que acabe num sprint em pelotão compacto, já que as principais colinas estão a mais de 35 quilómetros do final em Matrah Corniche.
Táticas
A digressão pelo Médio Oriente continua e, alguns dos corredores presentes na Arábia Saudita também estarão em Omã. Isso poderá ser benéfico uma vez que já trazem ritmo competitivo, depois de 5 dias intensos. Para muitos, esta é a estreia na temporada, pelo que é uma incógnita. Como já referimos várias vezes, as provas de começo de época são mais propícias a surpresas.
Favoritos
Fausto Masnada é um corredor que faz a sua estreia em 2022, ele que vem de um estágio. O italiano não quererá desperdiçar uma oportunidade de liderar a Quick-Step, de forma a ganhar ainda mais estatuto dentro da equipa belga. Se o vento aparecer, está na equipa certa para o proteger, terá que aparecer na etapa rainha.
Se há ciclista com historial nesta prova é Rui Costa. O português já foi 2º, 4º, 5º e 10º e, este ano, vem com ritmo do Saudi Tour, onde se mostrou bem. Longe de adorar as rampas inclinadas da Green Mountain, o ciclista da UAE Team Emirates terá que se defender aí, sendo que em Quriyat terá uma boa oportunidade para ganhar tempo.
Outsiders
Elie Gesbert tem por hábito começar bem as temporadas, já foi 5º em 2019 e está numa equipa (Arkea-Samsic) que está a andar bem e precisa de pontos. O trepador francês é muito combativo, não tem medo de atacar e adapta-se muito bem à etapa rainha.
Estamos muito curiosos em ver aquilo que Filippo Zana é capaz de fazer. O jovem italiano já vem com ritmo de Espanha, é um ciclista menos conhecido, o que lhe poderá dar alguma liberdade. Terá que se defender até à etapa 5, é um puro trepador.
Anthon Charmig pode continuar a sua afirmação em Omã. O talentoso dinamarquês já se mostrou na Arábia Saudita e, aos poucos, começa a ser olhado de outra forma. Vencer aqui seria um grande passo para a sua carreira. Muito explosivo, as duas etapas mais complicadas são perfeitas para o corredor da UNO-X.
Possíveis surpresas
A Intermarché-Wanty tem em Jan Hirt e Rein Taaramae duas opções válidas para a prova, sendo que acreditamos mais num bom resultado do ciclista checo, prefere este tipo de subidas. Esperamos ver vários jovens a conseguir excelentes resultados, atenção a Kevin Colleoni, Marco Brenner e Henri Vandenabeele, eram dos melhores sub-23 da sua geração. Entre os mais veteranos, pode ser uma boa oportunidade para Winner Anacona, Sander Armeé, Davide Villella e Niklas Eg.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Hugo Toumire e Michael Kurkle.