Abram alas ao World Tour! O escalão máximo do ciclismo tem o seu início no Médio Oriente, com a principal competição daquela região. Uma semana com a presença de muitas das principais figuras do ciclismo mundial, incluindo portugueses.
Percurso
7 dias de competição é aquilo que os ciclistas terão pela frente. Um percurso equilibrado, com 4 chegadas ao sprint, 2 chegadas em alto (em locais já habituais), com a novidade a ser um contra-relógio individual. Pela primeira vez na história, o sempre emocionante final a Hatta Dam não estará presença.
Etapa 1
Al Mirfa recebe o final da 1ª etapa, naquele que é uma estreia nesta competição. Um dia com 176 kms, numa tirada que vai em direção à costa. Uma chegada ao sprint é mais que expectável, sendo de destacar a presença de duas rotundas nos últimos 2 quilómetros e uma reta da meta de apenas 400 metros.
Etapa 2
A principal novidade deste ano acontece ao 2º dia, com um contra-relógio individual de 13 100 metros na ilha de Hudayriat. O percurso não é complicado, no entanto este não tem muitas longas retas, onde os especialistas conseguirão ganhar alguma vantagem.
Etapa 3
Segue-se a primeira chegada em alto da competição. A subida de Jebel Hafeet é já conhecida por muitos, pois era onde se faziam as grandes diferenças no antigo Abu Dhabi Tour. Após 173 quilómetros planos, os ciclistas apanham 10,8 quilómetros a 6,6% com rampas a 11%.
Etapa 4
A ilha de Marjand é o palco único da etapa, no dia com maior quilometragem da competição (204,1 kms). O final é bastante simples, numa reta da meta bastante longa que é feita em ligeira curva para a direita, esperando-se uma chegada ao sprint em alta velocidade.
Etapa 5
Jebel Jais acolherá o segundo final em alto da competição, local onde se deverão fazer os ajustes finais na classificação geral. Fazendo quase fronteira com Oman, asubida tem 18,9 quilómetros a 5,6%, sendo que a segunda metade é a mais dura, com dois quilómetros a ultrapassar os 7%.
Etapa 6
A famosa Palm Jumeirah será o centro de atenções de mais uma etapa, numa chegada que também se estreia na competição (depois de ter feito parte do antigo Dubai Tour. 165 kms que se deverão resumir aos últimos 5, uma longuíssima reta da meta.
Etapa 7
Abu Dhabi acolhe o final de mais uma edição da competição árabe, na 4ª e última chance para os homens rápidos. Dia relativamente curto, com apenas 146,7 kms em mais um final bastante simples, ideal para um sprint entre todos e com bastante potência.
Tácticas
Esta é das provas por etapas mais desinteressantes de todo o calendário, 4 etapas planas, 1 contra-relógio plano e 2 chegadas em alto, não há muito para analisar. O único aspecto que pode aqui proporcionar resultados surpreendentes é o vento lateral nas etapas planas, mas até esse pode ser inexistente. O roadbook tem 174 páginas, mas 20 ou 30 chegavam.
Favoritos
É a corrida da casa para a UAE Team Emirates e a formação de Joxean Matxin Fernandez vai querer ganhar para agrado dos patrocinadores. O ciclista escolhido para tal é Tadej Pogacar, vencedor do último Tour e que já conhece, e muito bem, este terreno. É bom contra-relogista e conta com Jan Polanc, Davide Formolo e Rafal Majka para o ajudar na montanha.
Regresso à competição para Emanuel Buchmann, depois de um 2020 para esquecer. O alemão pretende regressar ao nível de 2019, onde fez 4º no Tour, nesse ano também esteve nesta prova e foi 4º no final, não obstante um contra-relógio colectivo relativamente fraco da Bora-Hansgrohe. Buchmann defende-se bem no contra-relógio.
Outsiders
A Ineos Grenadiers reforçou-se muito para a montanha e este alinhamento demonstra isso mesmo, com várias alternativas. Adam Yates poderá ser o ciclista escolhido para liderar a equipa, foi o vencedor em 2020, estas ascensões assentam-lhe que nem uma luva. Curiosamente, apesar de ser o vencedor em título, parte com o número 11, o dorsal 1 ficou para Pogacar.
A outra grande alternativa dentro da formação britânica é Ivan Sosa, que está em grande forma e bastante confiante depois do triunfo no Tour de la Provence. O jovem colombiano ainda é um pouco irregular e precisa de um pequeno milagre para perder pouco tempo no contra-relógio. Também é mau em possíveis ventos cruzados que possam aparecer nas etapas planas.
Um dos principais beneficiados com o contra-relógio individual é João Almeida, o ciclista português pode partir para as montanhas com uma boa vantagem para os rivais mais próximos e como demonstrou no Giro, pode aguentar muito tempo com os melhores. Vai querer mostrar que o incrível 2020 foi tudo menos um acaso.
Possíveis surpresas
Especial cuidado com Sergio Higuita, o talentoso colombiano já mostrou a sua habilidade na luta contra o cronometro e é uma caixinha de surpresas. Esta será uma das primeiras oportunidades para aquele que talvez foi o melhor gregário de 2020 se mostrar, falamos de Sepp Kuss. O norte-americano costuma deslumbrar na montanha, como se conseguirá defender no contra-relógio? No caso de termos algum jogo táctico nas subidas a UAE Team Emirates terá Rafal Majka como ciclista protegido e 2ª carta para a classificação geral, o mesmo pode acontecer na Ineos com Daniel Martinez, que é melhor contra-relogista que Sosa e Yates. Alexey Lutsenko vai querer ultrapassar o mau Tour de la Provence que teve, o cazaque já andou bem aqui, mas não deu grandes sinais na corrida anterior. A Bahrain-Victorious tem 2 cartas muito interessantes a jogar, com Jack Haig e Wout Poels, especialmente o holandês parece estar em grande forma e gosta deste tipo de subidas. Patrick Konrad é a alternativa na Bora-Hansgrohe caso Buchmann ainda não esteja em condições de discutir a corrida. Estreia de Chris Froome com a camisola da Israel Start-Up Nation, provavelmente não estará na luta, mas nunca se sabe. O top 10 é uma possibilidade para Alejandro Valverde, mas o espanhol já não consegue acompanhar os melhores nas subidas longas. Vincenzo Nibali é outro grande nome aqui presente, o italiano não tem o hábito de começar a época a voar e vai usar estas 2 chegadas em alto para se testar.
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