O pelotão tem uma última paragem pelo Médio Oriente com a visita aos Emirados Árabes Unidos. Espera-se uma semana de bom ciclismo, com a UAE Team Emirates a tentar vencer em casa.

 

Percurso

Etapa 1

Pequena inovação no que é habitual no UAE Tour, que costuma começar com uma etapa plana. É verdade que o dia não tem muitas dificuldades, no entanto a entrada e a saída do cirtcuito Cycletrack é tudo menos plano. Mais de uma dezena de pequenos topos e o final também é em subida, com 500 metros a 5,6%.



Etapa 2

As primeiras diferenças na classificação geral serão feitas ao segundo dia, com um curto contra-relógio individual de 12 quilómetros em torno da ilha de Hudayriat. Poucas curvas, longas retas, perfeito para os especialistas.

 

Etapa 3

Primeira chegada em alto, final em Jebel Jais, uma subida com 19 kms a 5,6%. Será muito complicado uma equipa controlar e despedaçar o pelotão durante toda a contagem porque é muito raro a estrada empinar a mais de 7%. Geralmente mais de 20 ciclistas terminam nos mesmos 30 segundos e não é incomum vermos um sprint entre 1 dezena de corredores.

 

Etapa 4

Final no Dubai Harbour, que é sempre palco de paisagens espectaculares nos últimos quilómetros, últimos quilómetros sem grandes pontos de interesse e com estrada larga.

 

Etapa 5

Apesar da dificuldade inicial, é expectável mais um previsível final ao sprint. Final bastante simples, numa reta enorme, o que por vezes também provoca sprints muito confusos, devido a todas as equipas quererem estar na frente.



Etapa 6

Quarta oportunidade para os homens rápidos presentes nos Emirados Árabes Unidos, numa etapa praticamente feita ao nível do mar. Mais um final relativamente simples.

 

Etapa 7

É aqui que provavelmente a classificação geral se vai decidir e onde grandes diferenças serão feitas. A subida de Jebel Hafeet com os seus 10 900 metros a 6,7%, uma média que engana muito pois o último quilómetro é plano. Um dos quilómetros a meio da subida tem 10% de inclinação, é normalmente aí que surgem os ataques mais fulminantes.

 

Tácticas

A organização voltou a colocar pequeno contra-relógio individual para dar mais emoção à classificação geral. Logo aí serão feitas as primeiras diferenças antes das duas chegadas em alto a Jebel Jais e Jebel Hafeet, duas subidas distintas, já que só na segunda se fazem realmente diferenças.

Nesta corrida é importante ter um bloco forte no terreno plano não só por causa disso, mas também pelo perigo de ventos laterais. A corrida vai ser decidida em Jebel Hafeet, mas pode perder-se do deserto.

 

Favoritos

Adam Yates – Este é um grande objectivo para a equipa e não estando nem Pogacar nem Ayuso a aposta recai no britânico, que neste tipo de corridas costuma ser muito competente. Tem um bloco forte para o apoiar ao longo das etapas planas no deserto e até se consegue defender bem na luta contra o cronómetro.



Pello Bilbao – 3º em 2022 e 4º em 2023, é alguém que já conhece muito bem as subidas e que gosta deste tipo de traçados, podendo até ganhar alguns segundos aos rivais no contra-relógio, já tem algum ritmo competitivo e deu boas indicações.

 

Outsiders

Brandon McNulty – Uma excelente alternativa dentro da UAE Team Emirates principalmente tendo em conta o contra-relógio onde vai ganhar algum tempo aos rivais. A equipa até pode lançar Yates ao ataque e guardar McNulty para marcar determinados ciclistas. Começou o ano em excelente forma

Ben O’Connor – Teoricamente chega aqui em muito boa forma, impressionou bastante na Vuelta a Murcia e será dos melhores puros trepadores aqui presentes. Outro ponto positivo é que o contrato termina no final deste ano, exibições boas nesta fase do ano é bom para o australiano que, infelizmente, tem uma equipa frágil no terreno plano com ele.

Ilan van Wilder – Com Remco Evenepoel à mistura não terá assim tantas oportunidades de liderar a equipa em corridas por etapas do World Tour, esta é uma delas e é um dos grandes nomes a ter em conta. Primeiro porque a Soudal costuma ser incrível na condição dos ventos laterais, segundo porque vai ganhar tempo a muitos trepadores no contra-relógio.

 

Possíveis surpresas

Tobias Foss – É dos melhores contra-relogistas aqui e as chegadas não serão assim tão duras. O norueguês quer mostrar que tem capacidade para ser líder numa equipa desta dimensão e creio que será claramente o líder da Ineos aqui.

Lennert van Eetvelt – Uma pequena caixinha de surpresas este super talento belga que em Maiorca andava a disputar corridas com Vlasov e McNulty, já está a andar muito bem nesta fase do ano. Corredor com muito potencial veremos se confirma aqui a sua evolução na alta montanha.



Max Poole – A DSM vê no britânico um líder no futuro e é algo justificado e alicerçado nos resultados do ano passado, onde mostrou regularidade e até já fez top 10 em corridas WT, pode ser um dos ciclistas a despontar em 2024.

Attila Valter – Em teoria será o melhor trepador da equipa e tem aqui uma rara oportunidade de liderar a equipa (vamos ver o que faz Lemmen). A Visma não o traria aqui se ele não estivesse em boa forma e capaz de disputar um bom resultado.

Jesus David Peña – Estou com um feeling que será o melhor elemento da Jayco na geral, mesmo à frente de Eddie Dunbar, se sobreviver às etapas planas. O colombiano impressionou-me no ano passado em provas menores e depois foi 4º na chegada em alto em Guangxi.

Louis Meintjes e George Bennett – 2 bons trepadores, regulares, maus no contra-relógio, que procuram um top 10 final.

Emanuel Buchmann – Se fosse há 4 anos o alemão estaria até numa categoria acima, ultimamente não tem mostrado nível para mais, veremos se volta à sua melhor versão, o ambiente na Bora-Hansgrohe parece de crescimento.

Michael Storer – Continuo a dizer que a Tudor vai surpreender muita gente este ano e Storer já mostrou que consegue andar com os melhores na montanha, precisa de ganhar algum ritmo e estas subidas mais longas são melhores para ele do que as explosivas do Tour Down Under.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Bart Lemmen e Jay Vine.




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