Um dos dias mais aguardados do calendário chegou. Quem sucederá a Peter Sagan? Ou o eslovaco será capaz de reter a camisola arco-íris?

Percurso

Um dos traçados mais complicados de sempre num Campeonato do Mundo. Após cerca de 85 quilómetros fora do circuito, os ciclistas entram no circuito que foi ultrapassado nas restantes provas de estrada, o denominado circuito olímpico. São voltas de cerca de 23 quilómetros, com a subida de Igls, 6700 metros a 5,8%, logo a seguir à passagem pela meta. O circuito tem ainda uma descida algo técnica, uma parte citadina com algumas armadilhas em Innsbruck e os últimos metros são fáceis. Ao todo são 6 voltas, mas 7 passagens pela meta, isto porque na 6ª volta os ciclistas desviam para Gramartdoben, conhecida pela subida do Inferno, uns terríveis 2.5 kms a 11,7%, que estão apenas a 9 quilómetros do final.

Tácticas e preparação

Qual a preparação certa para chegar aos Mundiais na melhor forma? Já tínhamos esta ideia, e ao ver as provas de sub-23 e elites femininas, quem chegar aqui com alguma reserva tem grande vantagem. Por exemplo, Anna van der Breggen competiu menos que em outros anos e Bjorg Lambrecht, discutível o mais forte na prova de sub-23, fez 2 semanas na Vuelta e depois concentrou-se nesta objectivo. Portanto, parece-nos que quem fez a Vuelta a todo o gás, com pressão todos os dias e foco na classificação geral chega aqui em desvantagem. Uma Vuelta a meio gás ou um Tour of Britain parece-nos a melhor preparação.




Qual é a táctica certa? Nos juniores masculinos Marius Mayrhofer atacou cedo e ficou com a medalha de prata, nos sub-23 Marc Hirschi esteve num grupo ao ataque bem cedo e hoje Amanda Spratt e Tatiana Guderzo também se anteciparam às grandes favoritas, uma tendência deste circuito, que favorece ciclistas ofensivos já que é complicado organizar uma perseguição numa prova como os Mundiais, onde por vezes não há uma hierarquia definida dentro de uma selecção. Portanto, é bem possível que amanhã alguém entre ao ataque relativamente cedo e seja recompensado por isso.

Quem ataca e quem defende? O circuito é duro sim, mas não é assim tão duro, dá para alguns ciclistas se defenderem, é uma ascensão que se faz a cerca de 25 km/h. Portanto, pode haver selecções que querem levar a corrida o mais controlada possível para a última subida, onde os puros trepadores podem fazer muita diferença, principalmente após 240 kms. Selecções como a Dinamarca, a Alemanha, Áustria, Suíça ou República Checa, mas principalmente a Bélgica vão querer abrir muito a corrida. Enquanto a Espanha ou a França podem querer manter a corrida fechada, apesar de terem equipas fortes, já que Valverde e Alaphilippe serão, à partida, os maiores favoritos.



Favoritos

Julian Alaphilippe está a fazer a sua melhor temporada de sempre e tem alcançado todos os seus grandes objectivos, primeiro a Fleche Wallonne, depois no Tour ganhou 2 etapas e a classificação da montanha, levou a Classica San Sebastian e preparou-se no Tour of Britain a Volta a Eslováquia, o que nos parece o mais apropriado. O percurso é bom para Alaphilippe e aquela última subida é muito parecida à última da Classica San Sebastian. Podemos argumentar que Alaphilippe não é propriamente um ciclista de alta montanha, mas o facto de ser uma clássica, de ter uma equipa tão forte atrás e de ter a explosão necessária faz dele um grande candidato.

Rafal Majka é um corredor de grandes ocasiões, das 11 vitórias na carreira que tem, 8 são no World Tour. Falhou a vitória na etapa na Vuelta, tendo feito a competição espanhola um pouco a meio gás na primeira metade, e até tentou ajudar Emanuel Buchmann ao limite. Majka é um daqueles ciclistas que tem de atacar cedo e que até pode ter alguma liberdade para isso. É necessário recordar que na prova de estrada dos Jogos Olímpicos, também bem dura e longa, foi 3º.



Outsiders

Será capaz Alejandro Valverde de alcançar um dos poucos troféus que lhe faltam na carreira? Parece-nos um pouco complicado, mas possível. Valverde terminou a Vuelta claramente desgastado e em perda, o que não são boas indicações, longe disso. A selecção espanhola tem bons nomes, só que Mikel Nieve, David de la Cruz e Omar Fraile parecem longe da melhor forma e Ion Izagirre pode padecer também de desgaste extra da Vuelta. Num sprint entre 4 ou 5 ciclistas Valverde é claramente o favorito, o que pode levar que muitos tentem descartar o espanhol.

Tim Wellens é um dos ciclistas mais “hit or miss” do pelotão, mas isso tem uma grande razão, é que ele arriscar tudo em todas as provas para ganhar, joga sempre para ganhar e não para o posicionamento. É a melhor carta da Bélgica para um percurso destes, com constantes altos e baixos, principalmente no circuito. Tim Wellens chega aqui relativamente fresco, com menos de 10 000 kms nas pernas e dos 60 dias de competição, fez top 10 em 26 e ganhou por 7 vezes.




Estes são os nossos escolhidos para possíveis vencedores, e não ciclistas para fazer top 10, é preciso relembrar isso. Ficámos muito impressionados com a forma com que Wout Poels ganhou a etapa rainha do Tour of Britain. Forte, ponderado, explosivo, sabia muito bem o que estava a fazer e a sua condição física. Poels é alguém que faz pódio ou fica fora do top 30, é algo inconstante e cheira-nos que vai arriscar sabendo que pode ser a última grande chance. É mais um corredor de grandes ocasiões, muitos se lembrarão da forma como ganhou a Liege-Bastogne-Liege em 2016.

Possíveis surpresas

Dos nomes mais óbvios são os irmãos Yates, têm um perfil semelhante, mas a grande diferença de Simon ter ganhou a Vuelta, tendo que ir ao limite todos os dias e Adam poupou um pouco, possivelmente pensando precisamente nesta prova. As opções da França não se limitam a Julian Alaphilippe, que pode ser guardado para os momentos cruciais, já que Romain Bardet é outro grande nome, ainda por cima com a sua fama de serem ciclistas ofensivos e com uma ponta final relativamente boa. A Colômbia tem um lote muito grande de excelentes trepadores, no entanto, o nome mais seguro será Rigoberto Uran, alguém com muita experiência em clássicas e muito consistente, com Miguel Angel Lopez a espreitar uma chance. Primoz Roglic e Tom Dumoulin tiveram uma excelente temporada a todos os níveis, mas chegam aqui com muitos dias de competição e as clássicas não são propriamente o forte deles, ainda assim com a qualidade que têm, nunca se sabe.




Enric Mas acabou a Vuelta em altas e está mais motivado que nunca, no entanto, pode ser chamado para trabalhar para Valverde. A Itália tem 3 opções, Pozzovivo é consistente e diz que está na forma da carreira dele, Nibali é o nome grande que ainda não está a 100% e Moscon é um homem para todo o terreno e que demonstrou estar muito bem nas clássicas italianas. Michal Kwiatkowski é um ciclista de grandes momentos e de grandes clássicas, sabe muito bem o que é ganhar um campeonato do Mundo e geralmente não falha tacticamente. Rui Costa teve uma temporada abaixo do esperado, porém, tem a vantagem de chegar aqui muito fresco fisicamente e provou estar a subir de forma nas clássicas canadianas. Por fim, há ciclistas que achamos que podem surpreender e andar muito bem, casos de Jack Haig, Michael Woods, Richard Carapaz, Hugh Carthy e Patrick Konrad.

 

Super-Jokers

Os nossos super-Jokers são Tiesj Benoot e Wilco Kelderman.

 

Tips do dia

Peter Sagan fora do top 10 -> odd 1,488

Rafal Majka melhor que Vincenzo Nibali -> odd 2,01

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