Ao mesmo tempo da Volta a Portugal decorre a Volta a Polónia, onde estão muitos ciclistas de valor, alguns deles a preparar a Volta a Espanha. Vão estar presentes Nuno Bico e Rui Costa.

 

Percurso

A 1ª etapa é relativamente simples, curta e plana com 136 quilómetros que têm partida e chegada a Cracóvia. Como já é hábito, os primeiros dias são acessíveis e perfeitos para o sprint, a 2ª tirada com chegada a Katowice não é excepção, até porque também tem menos de 150 quilómetros.

Prosseguem as jornadas planas e com curta quilometragem, na chegada a Zabrze, mais uma vez com uma chegada em circuito, já é uma tradição na Volta a Polónia. A montanha entra em força ao 4º dia, e não é para brincadeiras, com 5 subidas nos últimos 75 kms. Primeiro Szczyrku, 5.1 kms a 5.9%, e 2 passagens por Zameczek, 2.3 kms a 8.6% e outra ida a Szczyrku, desta vez com 5.3 kms a 6.7%. Depois de uma longa descida, o quilómetro final é dificílimo, são 1300 metros a 9.5% para acabar o dia.

Na 5ª etapa os ciclistas terão de enfrentar a média montanha, um autêntico rompe pernas com muros bem duros. A 35 kms da meta está uma subida que tem 4 kms a 6.5%, mas na verdade é bem mais dura que os números indicam. Para finalizar há 4 voltas a um circuito de 7.5 kms com um falso plano matreiro.

A tirada de Bukovina é propícia a muitas diferenças, quase 3000 metros de acumulado em somente 130 quilómetros, um circuito grande que se faz por 4 vezes e a subida de Lapsze (1.1 kms a 6.1%, Czarna Gora (1.1 kms a 7.5%) e ainda a subida que quase coincide com a meta, que tem 6.7 kms a 3.4%, mas com uma parte de 3 kms a 6.5%.

Para acabar a Volta a Polónia é de novo Bukowina a receber a jornada, mais um dia curto e explosivo, com espaço para clivagens na geral. De destacar os últimos 30 kms, que têm as subidas de Sierockie (4.5 kms a 6.1%), Sciana Bukowina (2.3 kms a 8.2%) e ainda os últimos 3500 metros têm 5.3% de inclinação média.

 

Favoritos

Esta é uma prova ideal para trepadores explosivos, que tenham uma boa equipa para os secundar. A Volta a Polónia é muitas vezes utilizada como preparação para a Vuelta e este ano não é excepção.

Simon Yates regressa à competição no World Tour após um Giro fenomenal, onde só faltou aguentar os últimos 3 dias de montanha. Yates saiu de Itália com 3 vitórias em etapa e está focado na Vuelta. Voltou à competição na Clássica de Ordizia e conta com uma forte equipa, com Carlos Verona e Roman Kreuziger.

Richard Carapaz é outro ciclista que vem de uma Volta a Itália fenomenal e tem aqui honras de liderar uma Movistar que tem Nuno Bico. Carapaz terminou o Giro em 4º, e com isso virão maiores responsabilidades dentro da formação espanhola.

 

Outsiders

Foi há poucos dias anunciada a mudança de Dylan Teuns da BMC para a Bahrain-Merida, mas isso não irá impedir o talentoso belga de tentar defender o título brilhantemente conquistado em 2017. Tem uma excelente equipa a rodeá-lo, com Rohan Dennis, Alberto Bettiol, Alessandro de Marchi ou Nicolas Roche.

Michal Kwiatkowski teve uma performance incrível no Tour e tentará manter essa condição física para conquistar a volta do seu país, algo que ainda lhe falta no currículo. Em 2012 esteve muito próximo, mas ficou no 2º lugar. A grande questão será saber se Kwiatkowski vai acusar o desgaste de 3 semanas ao mais alto nível no Tour ou não.

Emanuel Buchmann tem registado excelentes resultados nesta época, 4º na Volta ao País Basco, 9º no Tour de Romandie e 6º no Criterium du Dauphine, esta é mais uma prova de 1 semana em que o alemão deve andar na frente.

 

Possíveis surpresas

Apesar do traçado da prova parecer do agrado de Rui Costa, pensamos que o ciclista português ainda não estará a 100%, podendo acusar alguma falta de ritmo competitivo. Atenção a Fabio Aru dentro da Team UAE Emirates, que se mostrou já bem no Tour de Wallonie. A Bora-Hansgrohe tem mais opções de muito valor, particularmente Patrick Konrad e Davide Formolo. Na Team Sky, Sergio Henao também deverá ser protegido, não tivesse sido ele aqui 3º em 2012, 5º em 2013 e 8º em 2015. O percurso parece algo duro para Alexey Lutsenko e Enrico Battaglin, especialista de média montanha que irão tentar minimizar perdas. Sam Oomen é um ciclista muito regular e deverá estar dentro do top 10. Thibaut Pinot é uma grande incógnita, acabou o Giro em perda, teve de estar parado algum tempo e regressa aqui à competição. Muita atenção ainda a 2 jovens que se estão a revelar/confirmar este ano, Ben O’Connor e Bjorg Lambrecht.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são Mark Padun e Pavel Sivakov,

 

Tips do dia

Para a geral: Emanuel Buchmann melhor que Michael Storer -> odd 1,445

Para a 1ª etapa: Simone Consonni melhor que Edvald Boasson Hagen -> odd 1,616 Drew Kaser Authentic Jersey air max 2017

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