Tal como no contra-relógio foram os juniores masculinos dos primeiros a ir para a estrada para testar o circuito de Trento, que inclui a subida de Povo (3,6 kms a 4,7%). Os jovens ciclistas tiveram 8 passagens pela linha de meta, totalizando 106,6 kms. Portugal tinha uma vasta representação, 6 ciclistas, e ambições legítimas de um bom resultado.




Durante a corrida nenhuma fuga realmente pegou e como é habitual nestas provas acabou por se tornar numa corrida de eliminação. O número de ciclistas no pelotão foi diminuindo de volta para volta e ficaram para as últimas 2 voltas ao circuito apenas 70 ciclistas no pelotão principal, ainda com 5 corredores lusos.

Foi na penúltima volta que começaram as ofensivas mais sérias, com António Morgado a tentar a sua sorte nessa fase da corrida. Nenhum ataque ganhou muita vantagem, até porque a Noruega tentou sempre que a corrida terminasse ao sprint. O grupo reduziu para 40 elementos, ainda com a presença de António Morgado e Gonçalo Tavares para a última volta.

Foi aí que surgiu o movimento que viria a decidir as medalhas, com os franceses em destaque. Formou-se um trio com os gauleses Antoine Gregoire, Lenny Martinez e o norueguês Per Strand Hagenes. Estes 3 ciclistas aguentaram a vantagem alcançada e disputaram o título, com a vitória a sorrir a Gregoire, seguido por Hagenes e por Martinez. O pelotão chegou a 10 segundos, António Morgado e Gonçalo Tavares integraram esse grupo, ficando em 20º e 29º, respectivamente.




Tiago Clemente foi 61º a 4:23, Tiago Nunes 69º a 7:49, enquanto Ruben Rodrigues e Sérgio Saleiro não concluíram a prova.

Gregoire foi um dos juniores em destaque este ano, foi a 8ª vitória em corridas UCI para o jovem gaulês, que foi campeão nacional de estrada e contra-relógio e ainda foi 4º na Course de la Paix. A vitória nessa corrida foi precisamente para Hagenes, também campeão nacional, 6º nestes Europeus no contra-relógio. Em relação a Martinez, tinha ganho o recente Giro della Lunigiana, com mais de meio minuto sobre os italianos.

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