Foi hoje para a estrada a 56ª edição da Le Samyn, uma clássica belga que costuma dar bom espectáculo e que tinha como grandes candidatos os ciclistas da Lotto-Dstny, para além do campeão em título Milan Menten alinhava também o jovem prodígio Arnaud de Lie. A presença portuguesa estava a cargo de António Morgado. A fuga de 5 elementos composta por Martijn Budding, Miguel Angel Fernandez, Stijn Daemen, Kevin Avoine e Enrico Dhaeye não representava grande perigo e foi anulada a cerca de 50 kms da meta, numa altura em que já havia mexidas no pelotão e o mesmo tinha perdido algumas unidades.
O contra-ataque formou-se com Pavel Bittner, Jonas Rickaert e Thomas Gachignard, colocando mais pressão em equipas como a Lotto-Dsnty, Israel ou Uno-x, formações com bons sprinters. Arnaud de Lie teve um problema mecânico, foi forçado a trocar de bicicleta e quando estava a recuperar posição no grupo principal sofreu uma queda aparatosa, tendo inclusivamente abandonado pouco depois. Rickaert cedeu na frente da corrida. Uma queda fraccionou ainda mais o pelotão a 15 kms da meta e pouco depois Gachignard, o último resistente deste ataque, foi alcançado.
Havia alguma desorganização, muitos ataques e nenhuma equipa conseguia controlar totalmente as operações, até à Uno-x assumir a frente do grupo a 3 kms da meta, com António Morgado ainda no grupo. A equipa norueguesa foi suplantada pela DSM à entrada do quilómetro final, que por sua vez foi superada pela Arkea, com muitos encostos à mistura. António Morgado começou a sprintar quase de casa para recuperar posições e quando o sprint foi definitivamente lançado eram 4 a par na estrada e as emoções estavam ao rubro. Laurenz Rex festejou e depois duvidou nesse acto quando viu António Morgado, que deu tudo até ao risco de meta, ao seu lado. Jenthe Biermans, 3º, e Rasmus Tiller, 4º, assistiam de cadeirinha a mais uma excelente exibição do português. Seguiram-se minutos de espera pela decisão do photo-finish, com a confirmação de que Rex bateu António Morgado por escassos centímetros.