Decorreu hoje a apresentação da Volta a França 2025, tanto no lado masculino, como no lado feminino. Foi um evento onde não estiveram presentes as principais figuras do ciclismo mundial, provavelmente a gozar umas merecidas férias, mas tivemos Mark Cavendish e Biniam Girmay.

Em 2025 a Volta a França feminina terá 9 etapas com um percurso variado, onde as 2 primeiras etapas fazem lembrar as clássicas das Ardenas, depois vêm algumas oportunidades para as sprinters, regressa a média montanha e o palco de todas as decisões serão os Alpes, com 2 chegadas em alto a encerrar esta competição, num traçado que não terá qualquer contra-relógio.

A Grande Partida da 112ª edição da Volta a França masculina será em Lille e aparentemente poderá ser novamente um sprinter a vestir a camisola amarela tendo em conta a ausência de dificuldades neste primeiro dia. A segunda etapa será já para os “puncheurs”, com 2 colinas bem duras dentro dos 10 quilómetros finais e um quilómetro final a 4% e a 4ª tirada tem um final muito semelhante, o traçado parece estar em alternância pois, em princípio, a etapa 3 será para os sprinters. Atenção que nesta zona de França há quase sempre muito vento e estradas expostas.




Depois de algumas colinas onde dará certamente para fazer alguns cortes e diferenças vem o primeiro grande dia para a geral, um contra-relógio individual em Caen, com 33 quilómetros de extensão, num percurso perfeito para os especialistas. A etapa 6 é novamente de média montanha, 3500 metros de acumulado com um final duríssimo de 700 metros a 10,2%. Ainda não é hora da alta montanha, Mur-de-Bretagne, onde Mathieu van der Poel ganhou em 2021, na etapa 7 e 2 oportunidades para sprinters nas jornadas seguintes.

A 10ª etapa coincide com o dia da Bastilha e é talvez a primeira etapa de montanha mesmo sem uma grande subida, são 4400 metros de acumulado em 163 quilómetros que termina com 3,3 kms a 8%. Segue-se o dia de descanso em Toulouse e uma jornada com final na mesma cidade que poderá ser para uma fuga. A etapa 12 tem a primeira grande chegada em alto com o Hautacam, 13,6 kms a 7,8%, na entrada dos Pirinéus e no dia seguinte temos uma estranha curta crono escalada em Peyragudes. Segue-se a grande tirada dos Pirinéus, quase 5000 metros de acumulado com passagens pelo Tourmalet, Aspin, Peyressourde e final em Superbagneres (12,4 kms a 7,5%).

O segundo dia de descanso será em Montpellier, depois de uma jornada que parece perfeita para uma fuga. Aparentemente a 3ª semana será, como é hábito, o palco de todas as decisões e começa com o regresso do Mont Ventoux na etapa 16 e uma rara oportunidade para os sprinters na etapa 17. Talvez se possa considerar a tirada 18 como a mais dura desta edição, com 5500 metros de acumulado, passando pelo Glandon e a Madeleine antes do final no Col de la Loze. A etapa 19 também não fica atrás, apenas 130 quilómetros e 4600 metros de desnível com final em La Plagne, curiosamente a 20ª etapa será recheada de média montanha e não se sabe muito bem o que esperar, sendo que o grande final regressará a Paris e aos Campos Elíseos.




Globalmente parece uma Volta a França com um percurso variado, interessante e com jornadas que podem proporcionar um bom espectáculo. Comparativamente com anos anteriores há mais média montanha na primeira semana e o contra-relógio parece ser mais para especialistas. Resumindo, há 6 etapas que em princípio serão para sprinters, 1 contra-relógio individual plano, 1 crono-escalada, 5 chegadas em alto integradas em etapas de alta montanha e mais 1 com um final mais acessível. Sobram portanto 7 etapas, 4 delas serão as da primeira semana que são destinadas a “puncheurs”, as outras jornadas (11,15 e 20) parecem ser as clássicas etapas para fugas.

 

 

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