Nos últimos 3 dias, e com a Vuelta a aproximar-se, muito aconteceu no mercado de transferências, vamos lá a esta pequena maratona de transferências. Começamos por um reforço importante e de muita valia para a Team LottoNL-Jumbo, trata-se do belga Laurens de Plus, proveniente da Quick-Step Floors. O jovem de 22 anos foi um dos melhores sub-23 da sua geração e com somente 21 anos foi 24º no Giro. Este ano a sua preparação foi altamente afectada por um acidente no início do ano, ainda assim recuperou a tempo de fazer 8º no Tour of California. Laurens di Plus sabe que a Quick-Step não está propriamente focada nas Grandes Voltas, sabe que na Team Jumbo vai ter oportunidades e encontra uma equipa que está na mó de cima, e que está a formar um conjunto fortíssimo para a alta montanha. Laurens di Plus junta-se a Primoz Roglic, Steven Kruijswijk, George Bennett (deverá ter de trabalhar para estes 3 por agora) e ainda a Antwan Tolhoek ou Sepp Kuss, o homem que voou no Tour of Utah.
Por falar em Quick-Step Floors, Niki Terpstra decidiu sair da equipa para a Direct Energie e recebeu nos últimos dias um reforço a pedido, e que reforço. Pim Ligthart tem 30 anos e vem da Roompot, tem experiência e 6 anos no WT. É um ciclista tremendamente completo e um dos mais subvalorizados no ciclismo internacional, ainda este ano foi 3º no Tour des Fjords e 4º na Kuurne-Bruxelles-Kuurne. Bom na média montanha, com uma boa ponta final, consistente nas clássicas, será um grande apoio e um dos braços direitos de Niki Terpstra.
A UAE Team Emirates está a fazer uma pequena revolução no plantel e já mostrou estar atenta aos novos talentos. Ontem anunciou a contratação de Tadej Pogacar já para 2019 e 2020, um esloveno de 19 anos que com tenra idade já fez 4º na Volta a Eslovénia, ele que ganhou este ano a Course de la Paix. Um autêntico fenómeno, um trepador que se defende no contrarrelógio e que tem tudo para ser uma estrela no futuro. Pogacar está a competir no Tour de l’Avenir, tal como Alessandro Covi, o outro reforço da equipa, que inclusivamente ganhou a etapa de ontem na prova francesa. Covi é italiano, tem também 2019 e a equipa deposita tantas esperanças nele que garantiu o seu concurso já para 2020. Covi tem como principal resultado o 8º posto no Baby Giro, prova em que o português João Almeida fez pódio.
A Team Katusha-Alpecin anunciou há poucas horas a 2ª contratação para 2019, trata-se do britânico Harry Tanfield, um ciclista de 23 anos, britânico, e que tem no contrarrelógio a sua grande especialidade. É um autêntico portento de força, ganhou 1 etapa no Tour of Yorkshire este ano e foi vice-campeão nacional da especialidade. No entanto, não entendemos muito bem esta contratação, mesmo tendo consciência do valor que Tanfield tem, a Katusha já tem no seu plantel tantos ciclistas jovens que ainda não se confirmaram (Jenthe Biermans, Matteo Fabbro, Steff Cras, Dmitry Strakhov, mesmo Mads Wurtz), que precisa de ciclistas com créditos firmados e de um rumo claro, ou apoia Zakarin nas Grandes Voltas, ou aposta em Kittel para os sprints ou secunda Nathas Haas para as clássicas.
A Mitchelton-Scott está primordialmente a promover regressos à base. Depois de Callum Scotson, é a vez do australiano Nick Schultz (que já foi estagiário da equipa em 2016) sair da Caja Rural para ingressar na formação dos Antípodas, para os próximos 2 anos. Schultz fez uma opção de carreira que foi muito bem sucedida, na Caja Rural encontrou o seu esforço e este ano foi uma confirmação, tendo sido 3º no G.P. Miguel Indurain e 7º na Clássica Amorebieta. Ainda precisa de evoluir na alta montanha, mas passa bem a média montanha e tem uma boa ponta final, será um bom jogador de equipa para a Mitchelton-Scott.
Mais um elemento do plantel da BMC/CCC é conhecido. Trata-se de Josef Cerny, um checo de 25 anos que passou 4 anos na CCC, saiu da equipa em 2016 e representou a Elkov-Author nas últimas 2 épocas. Actual campeão de estrada e de contrarrelógio do seu país, é um bom contrarrelógio, sendo essencialmente um gregário para esta estrutura, alguém que rola bem e tem um bom motor. Este ano fez uma boa temporada, com muita qualidade e foi consistente nos resultados.
A Astana deu um ligeiro tiro no escuro ao contratar o colombiano Rodrigo Contreras. Este não é um nome totalmente desconhecido, após ter alguns resultados de valor enquanto junior e sub-23, foi para a Quick-Step, onde simplesmente não rendeu, não acabou praticamente metade das corridas. Voltou à Colômbia, onde voltou a mostrar que é um bom contrarrelogista e agora entrou na Astana, num contrato de 1 ano. Veremos se a Astana viu algo de especial em Rodrigo Contreras ou se foi para fazer sentir Miguel Angel Lopez mais em casa.
Passemos agora a algumas curtas menções, a Bahrain-Merida anunciou que Giovanni Visconti, Kanstantsin Siutsou, Ramunas Navardauskas, Niccolo Bonifazio, David Per e Borut Bozic (este último vai acabar a carreira) não vão continuar na equipa, tal como os irmãos Izagirre, daí também a chuva de reforços que aconteceu no início do mês. A Bora-Hansgrohe renovou com elementos importantes, falamos de Pawel Poljanski, Jay McCarthy e Rafal Majka. Outra grande novidade foi a renovação por mais 2 anos do vinculo que liga Thibaut Pinot à Groupama-FDJ, já que se falava que o francês poderia sair. Arnaud Courteille fica na Vital Concept, o talentoso Anthony Perez na Cofidis e o francês Tony Hurel regressa ao ciclismo profissional pela mão de Auber 93, ele que é um bom sprinter e vai substituir o jovem Damien Touze. Jake Bean Authentic Jersey airmaxnegozio