Terminou, na terça-feira, mais uma temporada ao nível do World Tour, com o fim do 3º Tour of Guangxi. O ciclismo em 2019 ainda não terminou no entanto qs competições que se seguem no calendário internacional contam para outros rankings, com destaque para o UCI Asia Tour, que ainda vai ver muitas competições no próximo mês.
O grande vencedor na parte individual do ranking World Tour foi nada mais nada menos que Primoz Roglic. O esloveno somou 4705.28 pontos esmagando toda a concorrência, já que Julian Alaphilippe foi 2º com 3569.95 pontos e Jakob Fuglsang 3º com 3472.5 pontos. Mais de 1200 pontos para o 2º é uma diferença avassaladora! O ciclista da Jumbo Visma sucede a Simon Yates.
Ganhando de Fevereiro a Outubro, Roglic teve uma época imaculada. Só nas provas de uma semana do World Tour ganhou a geral do UAE Tour, Tirreno-Adriático e Tour de Romandie, ganhando 4 etapas nestas competições. A juntar a tudo isto, foi 3º no Giro, onde ganhou uma etapa e venceu a Vuelta, onde também venceu. Impressionante e, na nossa opinião, uma distinção mais que justa.
O vencedor do Tour, Egan Bernal, foi 4º, falhando o pódio por pouco. Alejandro Valverde, mais uma vez, terminou entre os primeiros, ao ser 5º. Na segunda metade do top 10 só há sprinters ou homens de clássicas: Greg van Avermaet, Pascal Ackermann, Alexander Kristoff, Elia Viviani e Peter Sagan. O fenómeno Mathieu van der Poel foi 12º, apesar de pouco ter corrido no World Tour. O melhor representante português foi Rui Costa, na 54ª posição, com 1097 pontos. Ruben Guerreiro somou 345 ficando em 221º, Edgar Pinto 334 em 227º e Nelson Oliveira 328 em 234º.
Por equipas, triunfou a Deceuninck-QuickStep com um total de 14835.15 pontos contra 14192.86 da Bora-Hansgrohe e 13128.07 da Jumbo-Visma. A equipa belga repetiu a vitória conseguida em 2018. A formação de Patrick Lefevere, que conseguiu umas impressionantes 35 vitórias no World Tour, no total das 68 que contabilizou esta temporada.
Entre vitórias em clássicas, como a Strade Bianche, a Milano-Sanremo e a La Fleche Wallone com Julian Alaphilippe, Paris-Roubaix com Philippe Gilbert Classica San Sebastian com com Remco Evenepoel, a 8 triunfos por etapas em Grandes Voltas. De referir quenos 40 primeiros a Deceuninck-QuickStep colocou 5 ciclistas, algo pouco normal para qualquer equipa. Mais uma temporada de luxo por parte da Deceuninck-QuickStep. Olhando para as equipas nacionais, a W52-FC Porto foi a melhor terminando em 45º com 1352 pontos.
Vendo os rankings menos importantes mas que conseguem descrever bem a forma como se desenrolou a temporada, Primoz Roglic venceu o ranking da UCI relativo às provas por etapas, de forma natural, devido aos resultados que já mencionamos. Já o ranking UCI das clássicas foi ganho pelo campeão olímpico Greg van Avermaet.
Em 2019, o ranking das nações foi bastante importante uma vez que era com base neste que se ia decidir o número de ciclistas que cada seleção pode levar aos Jogos Olímpicos de Tóquio. A Bélgica venceu esta classificação com 13413.09 pontos. Para além desta nação, Itália, Holanda, França, Colômbia e Espanha terão direito a 5 ciclistas. A Eslovénia viu-se ultrapassada mesmo na reta final e, tal como a Alemanha, Austrália, Dinamarca, Grã-Bretanha, Noruega e Suíça terão 4 ciclistas em Tóquio. No que diz respeito a Portugal, ficou em 23º e terá direito a levar 2 ciclistas.