A temporada de ciclismo chegou ao fim no passado domingo, por isso está na hora de irmos a contas. O World Tour finalizou com o Giro di Lombardia a meio do mês e consagrou o vencedor dessa mesma prova como o vencedor final do ranking. Falamos, inevitavelmente, de Tadej Pogacar.
O esloveno da UAE Team Emirates é, por larga margem, o vencedor do World Tour, somando 5388 pontos, mais 981 pontos (!) que o 2º classificado Wout van Aert. Este triunfo foi alicerçado nas vitórias conseguidas em provas por etapas, Tour de France (geral e 3 etapas), UAE Tour (geral e 1 etapa) e Tirreno-Adriático (geral e 1 etapa), e clássicas, Liege-Bastogne-Liege e Giro di Lombardia. Simplesmente fabuloso! Pogacar sucede a Primoz Roglic, vencedor nas últimas duas épocas. Por falar em Roglic, o corredor da Jumbo-Visma foi 3º com 3944 pontos.
O primeiro não World Tour aparece em 7º lugar. Claro que só podia ser Mathieu van der Poel, vencedor de etapas no UAE Tour, Tirreno-Adriático, Volta a Suíça, Tour de France, e 2º no Tour de Flandres, 3º no Paris-Roubaix e 5º na Milano-SanRemo. Analisando o top-10, verifica-se alguma variedade, com classicómanos – Julian Alaphilippe (4º) e Sonny Colbrelli (5º) e o já referido Mathieu van der Poel – e voltistas – Egan Bernal (6º), João Almeida (8º), Adam Yates (9º) e Richard Carapaz (10º).
João Almeida entra, pela primeira vez, no top-10 final do World Tour, logo aos 23 anos, sendo um dos mais jovens da lista. Mais uma temporada de luxo, com destaque para a vitória na Volta a Polónia, 3 3º no UAE Tour, 6º no Tirreno-Adriático e no Giro d’Itália e 7º na Volta a Catalunha. João Almeida consegue incluir Portugal no top-1o do World Tour, algo que não acontecia desde 2015, com Rui Costa.
Olhando para outros ciclistas portugueses presentes no ranking, vemos a presença, no top-300m de Rui Costa 139º com 445 pontos, Nelson Oliveira 186º com 345 pontos, João Rodrigues 264º com 246 pontos e Ruben Guerreiro 281º com 233 pontos.
Por equipas, a vitória sorriu à Deceuninck-QuickStep que, com um excelente final de temporada, conseguiu ultrapassar in extremis a INEOS Grenadiers. A equipa de Patrick Lefevere conseguiu um total de 65 triunfos e isso foi fundamental para esta vitória final, conseguindo um total de 15667,90 pontos. A INEOS Grenadiers finalizou com 14963,70 pontos e a Team Jumbo-Visma completou o pódio com 12934 pontos. A melhor equipa nacional foi a W52-FC Porto, em 38º, com 832 pontos.
Vendo os rankings menos importantes mas que conseguem descrever bem a forma como se desenrolou a temporada, Tadej Pogacar venceu o ranking da UCI relativo às provas por etapas, de forma natural, devido aos resultados que já mencionamos. Já o ranking UCI das clássicas foi ganho por Wout van Aert, algo que também natural, devido aos triunfos conseguidos na Gent-Wevelgem e Amstel Gold Race, bem como os vários top-10 conseguidos. Por nações, a Bélgica foi mais forte, com Eslovénia e França a completarem o pódio. Portugal terminou em 14º.