A temporada de ciclismo chegou na semana passada, por isso está na hora de irmos a contas. O World Tour finalizou com o Giro di Lombardia a meio do mês e, pelo segundo ano consecutivo, consagrou o vencedor dessa mesma prova como o vencedor final do ranking. Falamos, claro está, de Tadej Pogacar.
O esloveno da UAE Team Emirates é o vencedor do World Tour pelo segundo ano seguido, somando 5131 pontos, mais 606 pontos que o 2º classificado Wout van Aert. Este triunfo foi alicerçado nas vitórias conseguidas em provas por etapas, UAE Tour (geral e 2 etapas) e Tirreno-Adriático (geral e 2 etapas), e clássicas, Strade Bianche, GP Montreal e Giro di Lombardia, para além do 2º posto no Tour (mais 3 etapas) e top-5 no Tour de Flandres e Milano-Sanremo. Pelo segundo ano consecutivo, dos dois primeiros lugares do ranking repetem-se, o que mostra a regularidade destes dois ciclistas. O pódio ficou completo com o vencedor da Vuelta, Liege-Bastogne-Liege e Campeonatos do Mundo, Remco Evenepoel.
O primeiro não World Tour aparece em 9º lugar. Claro que só podia ser Mathieu van der Poel, vencedor de etapas no Giro d’Itália e Settimana Internazionale Coppi e Bartali, para além do Tour de Flandres, Dwards door Vlaanderen e GP Wallonie. Analisando o top-10, verifica-se alguma variedade, com classicómanos – Stefan Kung (7º), Alejandro Valverde (10º) e os já referidos Wout van Aert e Mathieu van der Poel –, voltistas – Jonas Vingegaard (4º) e Aleksandr Vlasov (5º) – e sprinters – Arnadu de Lie (6º) e Alexander Kristoff (8º).
Após o 10º lugar conseguido o ano passado, João Almeida não conseguiu repetir a presença entre os 10 melhores, terminando em 40º. Olhando para outros ciclistas portugueses presentes no ranking, vemos a presença, no top-400 de Ruben Guerreiro (96º), Rui Costa (297º) e Frederico Figueiredo (382º).
Por equipas, a vitória sorriu à Jumbo-Visma, fruto das 48 vitórias e das grandes temporadas de Wout van Aert, Jonas Vingegaard e Christophe Laporte, todos eles no top-15 do ranking individual. Com 15003,5 pontos, a formação neerlandesa superou a UAE Team Emirates (que conseguiu os mesmos 48 triunfos, e terminou com 13323 pontos, num pódio completo pela INEOS Grenadiers, com 12494 pontos. A melhor equipa nacional foi a Glassdrive/Q8/Anicolor, em 53º, com 707 pontos.
Vendo os rankings menos importantes mas que conseguem descrever bem a forma como se desenrolou a temporada, Jonas Vingegaard venceu o ranking da UCI relativo às provas por etapas, alicerçado na vitória no Tour e 2º lugares no Dauphiné e Tirreno-Adriático. Já o ranking UCI das clássicas foi ganho por Wout van Aert, algo que também natural, devido aos triunfos conseguidos na Omloop Het Nieuwsblad, E3 Saxo Bank Classic e Bretagne Classic, bem como outros 5 top-10 conseguidos. Por nações, a Bélgica foi mais forte, com Espanha e França a completarem o pódio. Portugal terminou em 17º.