A Israel-Premier Tech parece querer rejuvenescer o seu plantel e depois de ter anunciado alguns ciclistas da equipa sub-23 e Ethan Vernon, a formação israelita anunciou a contratação de Pascal Ackermann. O ciclista germânico deixa a UAE Team Emirates duas temporadas depois, numa movimentação que não funcionou na sua carreira. Dois anos e apenas 4 triunfos, sempre longe das melhores sensações que apresentou ao longo da sua carreira na BORA-hansgrohe. Muito irregular, aparece a espaços e a vitória no Giro d’Itália deste ano mostra que ainda tem muita capacidade e é capaz de ombrear com os melhores.



Ackermann é o substituto natural de Giacomo Nizzolo, será um dos principais sprinters da equipa e voltará a ter o protagonismo e uma equipa dedicada para si. Também poderá aparecer nas clássicas, principalmente nas semi-clássicas belgas. Um dos seus principais gregários será Michael Schwarzmann, também ele alemão e recrutado à Lotto-Dstny. Aos 32 anos, Schwarzmann volta a reunir-se com Ackermann com que fez dupla na BORA-hansgrohe durante muitos anos. Ciclista muito fiável será importante no seu comboio.

A ter uma temporada relativamente fraca, a Astana Qazaqstan Team está a olhar para o mercado de uma forma diferente de outras temporadas. Max Kanter já tinha sido anunciado para os sprints e, nos últimos dias foram confirmados mais 3 reforços, todos para terrenos diferentes. Ide Schelling pode ser um reforço muito interessante para as clássicas e provas por etapas de média montanha. Estagnado na BORA-hansgrohe, muito por culpa da sua irregularidade, o neerlandês procura dar uma nova vida à sua carreira. Muito talentoso, Schelling venceu na Volta ao País Basco deste ano e já conseguiu alguns top-10 nas clássicas belgas, um dos calcanhares de Aquiles da equipa cazaque.



Anthon Charmig é um nome para o bloco das clássicas e das provas por etapas. O dinamarquês deixa a Uno-X, no ano passado deu um salto qualitativo enorme, 7º no Saudi Tour, 5º no Tour of Oman onde venceu uma etapa, 9º na Volta a Hungria e 2º na Volta a República Checa, só que este ano está uns furos abaixo e não conseguiu manter o nível. Tal como Schelling é bastante explosivo, gosta de finais duros e, para além disso, adapta-se à montanha, podendo ser um gregário importante para Alexey Lutsenko e para … Lorenzo Fortunato.

O italiano é o último reforço anunciado, finalmente chega ao World Tour depois de muitas temporadas na EOLO-Kometa. Quando está bem, Fortunato é um trepador muito forte, falta-lhe a regularidade ao longo da temporada. Já venceu no Giro, no icónico Monte Zoncolan em 2021, e desde aí, venceu a Adratica Ionica Race e a Vuelta as Asturias, tendo sido 15º no Giro do ano passado. Para a Astana, é uma aposta segura, aos 27 anos Fortunato é já um ciclista maduro e que vem dar outra profundidade ao curto bloco de montanha. Numa equipa que não tem rendido como o esperado, estes 3 ciclistas anunciados podem dar não muitos triunfos mas serão importantes para somar pontos para o ranking UCI.

Fortunato não é o único líder importante a deixar a EOLO-Kometa, já que Vincenzo Albanese também deixa a formação de Alberto Contador. Aos 26 anos, e depois de 3 temporadas muito positivas, o italiano chega ao World Tour por intermédio da Arkea-Samsic. Quando está bem é um perigo nas etapas de média montanha, já que sobe melhor que os sprinters mas não se consegue bater com os mesmos nos dias planos. Bastante rápido em grupos reduzidos e muito combativo, este ano conseguiu 5 top-10 no Giro, a juntar aos 3 do ano passado. A Arkea-Samsic é mais uma equipa que precisa de pontos UCI e a regularidade é fundamental, a contratação de Albanese compreende-se, um nome que pode ser importante no calendário francês, as clássicas são perfeitas para as suas características. A formação francesa também anunciou a chegada de Laurens Huys, ciclista que deverá reforçar o bloco de montanha, proveniente da Intermarché-Circus-Wanty.




Não é só de saídas que se fala na EOLO-Kometa, já que Alberto Contador e companhia encontraram em Jhonatan Restrepo o mais que provável substituto de Vincenzo Albanese. O colombiano prometeu muito enquanto jovem, no entanto a estadia na Katusha não correu de feição. Baixou o nível e fez as últimas 4 temporadas na Androni de Gianni Savio onde, a espaços foi mostrando a sua qualidade (6 triunfos na Volta ao Ruanda e no Giro Reggio Calabria). Corredor muito completo, que passa bem a média montanha e sprinta bem em grupos restritos terá que procurar ser regular se quer ser uma das caras da futura Team Polti, a atual EOLO-Kometa.

By admin