A Cofidis continua a ser das equipas mais activas neste mercado e depois das contratações de Bryan Coquard e de Davide Cimolai, a formação francesa anunciou que Benjamin Thomas, um dos melhores contra-relogistas franceses da actualidade, será reforço para as próximas 2 temporadas.
Benjamin Thomas correu na Armée de Terre, mítica equipa gaulesa, até correu a Volta a Portugal e foi em 2017, com apenas 21 anos que deu nas vistas e passou directamente para o World Tour. Ganhou 1 etapa nos 4 Jours de Dunkerque, foi 4º na Volta ao Luxemburgo, venceu 1 tirada e foi 3º no Tour de Wallonie e fez 4º no Tour du Poitou Charentes, o que para uma formação Continental foi incrível.
Isso valeu-lhe a ida para a Groupama-FDJ e cedo se comprovou que o contra-relógio é a sua especialidade, até porque é um corredor que vem da pista. Em 2019 sagrou-se campeão nacional de contra-relógio, repetindo o feito este ano. Pelo meio ficaram na retina boas exibições em provas por etapas, mostrando várias vezes a sua capacidade física em fugas ou a trabalhar para colegas. Nos últimos 3 anos representou a França nos Mundiais e fez sempre top 30. Na Cofidis será importante como gregário mas também para ajudar a equipa nos contra-relógios colectivos, uma grande lacuna actualmente.
Depois de 5 temporadas na mesma estrutura, Felix Gall achou que estava na hora de um novo desafio. O austríaco de 23 anos passou 3 temporadas na equipa de desenvolvimento da DSM e outras 2 na formação principal e sai agora com um contrato de 2 anos para a Ag2r Citroen Team.
Gall ainda não teve a evolução que todos esperavam dele, principalmente depois de ter sido campeão do Mundo de juniores em 2015 e de em 2018 ter sido 14º na Volta a França do Futuro com apenas 20 anos. A temporada seguinte já tinha sido de relativa estagnação e 2020 viu Gall fazer apenas 10 dias de competição, o que também complicou a sua evolução. Esta época está a correr bem melhor, sem grandes problemas físicos, e até foi 22º no Dauphine. A história repete-se, é mais um jovem talento a sair da DSM, aparentemente por saturação da estrutura, o austríaco tem a capacidade lá e para a Ag2r é um investimento de risco reduzido, se Gall conseguir dar o salto tem potencial para ser uma grande contratação.
Apesar de ser uma das equipas do momento, a Bahrain-Victorious continua atenta ao mercado e apressou-se a garantir o jovem polaco Filip Maciejuk, de apenas 21 anos. O ciclista natural de Pulawy estava na Leopard Pro Cycling já desde 2018, sendo que em 2017 foi campeão nacional de contra-relógio e medalhado nos Mundiais, na categoria de juniores.
Maciejuk é outro corredor com a escola da pista, claramente é um excelente rolador e que tem no contra-relógio a sua grande mais valia, sendo que será certamente um dos candidatos nos Mundiais sub-23. Recentemente venceu a L’Etoile d’Or, para sub-23. É perfeitamente natural que a Bahrain comece a preparar o futuro com este tipo de reforços, até porque actualmente metade do plantel tem 30 ou mais anos.
Nesta transferência é preciso ter um aspecto em conta, a actual Androni de Gianni Savio, em 2022 irá chamar-se Drone Hopper. E é preciso para essa estrutura que vai Eduard Grosu, sprinter romeno de 28 anos que está desde 2019 na Delko e que antes representou a Nippo-Vini-Fantini.
Grosu é um sprinter bastante aguerrido e que adora finais técnicos, já está nestas andanças há muito tempo e conta com 17 vitórias como profissional, entre elas etapas na Volta a Croácia, a geral da Volta à Estónia e a Ronde van Limburg. A Delko parece ter um triste destino, aproximando-se o final da equipa e Grosu era dos melhores corredores da formação gaulesa. Geralmente as equipas de Gianni Savio têm sempre alguns sprinters, este ano o eleito foi Matteo Malucelli, em 2022 Grosu será o chefe-de-fila neste departamento e é de esperar alguns pódios do ciclista romeno.
Por fim, a Bardiani-CSF, que até está a fazer uma época bem agradável, garantiu o concruso de Luca Rastelli, que estava na Team Colpack, uma estrutura conhecida por formar e “exportar” jovens talentos. Rastelli é um clássico puncheur italiano, passa bem a montanha e tem uma boa ponta final, foi assim que se sagrou vice-campeão mundial de juniores, veremos o que consegue fazer numa equipa que deve ter um bom calendário para ele.