Poucos são os lugares já vagos no World Tour. Muitas equipas já estão fechadas e outras que têm pouco espaço para contratações, só mesmo vendo uma oportunidade de mercado que venha acrescentar valor ao seu plantel. Já aqui falamos das diversas contratações da Movistar, com destaques para Davide Formolo, Remi Cavagna e Nairo Quintana. Faltava mencionarmos Jon Barrenetxa. O espanhol de 23 anos chega da Caja Rural-Seguros RGA, equipa onde fez toda a carreira profissional. Ciclista muito combativo, em 2023 deu o salto qualitativo, mostrando-se diversas vezes na frente de corrida: vencedor da classificação da montanha da Volta ao País Basco, foi 3º na Boucles de l’Aulne, 6º na Clássica da Arrábida, 8º nos Nacionais de Espanha e 9º na Volta ao Alentejo. Esta é mais uma contratação esperada, a Movistar é a melhor equipa espanhola e Jon Barrenetxa é um bom ciclista no panorama espanhol.



Ainda no World Tour, a Astana Qazaqstan continua a revolucionar o plantel para 2024. O foco em Mark Cavendish tem sido mais que evidente, já chegaram Max Kanter, Davide Ballerini, Michael Morkov e, agora, Rudiger Selig. O alemão é mais um grande lançador do pelotão mundial que, nas últimas duas temporadas esteve no comboio de Caleb Ewan na Lotto-Dsnty. Anteriormente, Selig foi essencial no lançamento de Pascal Ackermann, durante a sua estadia na BORA-hansgrohe. Aos 34 anos, a experiência é muita e é mais uma nota que Alexandre Vinokourov quer dar todas as condições para Cavendish atacar o recorde de vitórias no Tour de France do próximo ano.

Todos os anos a Astana contrata os melhores ciclistas do Cazaquistão que não tem no seu plantel, e em 2023 não foi exceção. No mesmo dia foram anunciados dois nomes. O primeiro foi Daniil Marukhin, ciclista de 24 anos que passou as últimas temporadas entre a Vino Motors e a Almaty Cycling, destacando-se como um trepador competente e com uma boa ponta fina. Muito regular no calendário do leste da Europa/Ásia, foi um dos destaques da segunda metade da temporada neste calendário, vencendo o Tour of Van e terminando outras 12 provas por etapas/clássicas no top-10, para além de ter vencido 5 provas. A segunda contratação foi de Antom Kuzmin, um cazaque mais experiente, que já esteve dois anos na ProTeam Gazprom-Rusvelo. O passo atrás na carreira fez bem a Kuzmin, este ano andou bem toda a temporada, num calendário muito semelhante ao de Marukhin. Venceu apenas duas vezes, incluindo na sempre difícil Volta a Tailândia, somando mais 21 top-10. Tal como o seu compatriota, é mais um trepador para o bloco de montanha da equipa.



Por fim, mencionar a transferência de James Whelan. O australiano ingressou na Glassdrive/Q8/Anicolor e a aventura em solo português não podia ter corrido melhor. Entrou para a equipa em Maio e foi 5º no Troféu Joaquim Agostinho e 8º na Volta a Portugal onde venceu, de uma forma impressionante, na Senhora da Graça. Destacou-se como um dos bons trepadores do nosso pelotão e, com isso, chamou à atenção da Q36.5 Pro Cycling Team que o contratou. Depois de 3 temporadas na EF Education e de algumas temporadas repletas de azares, Whelan regressa a um nível superior, algo natural devido à qualidade que demonstrou no meio ano que correu no calendário nacional.

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