A Kometa irá dar o salto do escalão Continental para o Profissional Continental em 2021, com o apoio da EOLO, ficará como EOLO-Kometa, numa estrutura em que continuarão envolvidos Alberto Contador e Ivan Basso. A equipa já tinha feito um calendário europeu relativamente alargado, com alguns bons resultados, mas passando agora para um novo nível de competição precisava de muitos reforços. De recordar que um dos ciclistas que vai transitar e que renovou com a equipa é o português Daniel Viegas, de apenas 22 anos, que está na equipa desde 2017.



Ao todo a equipa já anunciou 6 reforços, mas claro destaque para 4 deles, que vêm de equipas Profissionais continentais. O mais conhecido é Manuel Belletti, sprinter italiano de 35 anos que é profissional desde 2008 e que já ganhou 1 etapa no Giro em 2010. É um ciclista rápido e bastante consistente que até passa bem a média montanha, a formação precisava também de alguém com muita experiência. Em 2018 e 2019 Belletti provou que ainda é capaz de ganhar corridas, ao todo teve 7 vitórias nessas 2 temporadas, em provas 2.1 e 2.HC.

Também da Androni, tal como Manuel Belletti, vem outro sprinter, Luca Pacioni. O transalpino de 27 anos está na flor da idade para o sprint e está constantemente no top 10, não sendo propriamente um ciclista muito ganhador. Este ano fez 6 top 10 no Tour de Langkawi, 3 top 10 na Volta a Hungria e 1 no Tirreno-Adriatico, sendo que 3 das 4 vitórias dele surgiram em 2018. Todos os triunfos foram obtidos fora da Europa (China, Taiwan, Gabão e Malásia). Se a equipa estiver a competir em 2 frentes o normal seja que Belletti esteja numa e Pacioni noutra, sendo praticamente garantia de top 10.



Um corredor que também é relativamente rápido é Vincenzo Albanese, ele que sai da Bardiani-CSF depois de 4 temporadas. É um jovem promissor de 24 anos, vencedor de etapa na Volta a França do Futuro em 2016, 5º nos Mundiais sub-23 em 2017, venceu de forma totalmente surpreendente o Trofeo Matteotti pela selecção italiana em 2016, aos 20 anos. No entanto nas últimas 3 épocas tem andado praticamente desaparecido, um top 10 aqui e ali, mas nada de especial. Tal como Pacioni e Belletti é um sprinter que passa bem as colinas, sendo que está numa fase da carreira totalmente diferente.

Quem também vai tentar encontrar na EOLO-Kometa melhores sensações é Edward Ravasi, ele que em tempos foi comparado a Vincenzo Nibali. 4º na Volta a Croácia em 2015 aos 20 anos, em 2016 viria a fazer 2º na Volta a França do Futuro, apenas atrás de David Gaudu e à frente de Egan Bernal, Jai Hindley ou Tao Hart, veja-se como está a carreira destes 4 comparando com Ravasi. Foi para a UAE Team Emirates em 2017 e em 2018 ainda foi 4º na Adriatica Ionica Race e 12º na Volta a California, mas depois fez uma péssima temporada em 2019 e 2020 não foi melhor. Aos 26 anos há aquela sensação de que esta pode ser uma das últimas oportunidades para este trepador italiano.



Do escalão Continental directamente para o World Tour e directamente do World Tour de volta para o escalão Continental. Assim tem sido a carreira de Harry Tanfield, que em 2019 passou da Canyon Eisberg para a Katusha, foi para a Ag2r em 2020 e regressa agora ao Reino Unido, para a Ribble Weldtite. Ciclista muito possante, especialista em contra-relógio, nunca conseguiu pegar de estaca e foi de certa forma um erro de casting da Katusha em 2019. A nível interno Tanfield ainda se consegue destacar e a Ribble, que tem apenas 3 corredores confirmados, deve contar com ele para alguns bons resultados em provas locais.

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