Eduardo Sepulveda irá deixar a Movistar em 2021, ingressando por 1 temporada na Androni Giocattoli. O argentino esteve as últimas 3 épocas na formação espanhola, tendo participado no Giro em 2018 e 2020, ele que foi contratado para trabalhar na montanha para os líderes da Movistar. Acabou por nunca conseguir entrar no núcleo duro da formação espanhola e a sua saída acontece de uma forma natural.



Sepulveda perdeu algum fulgor desde a excelente temporada de 2015 e nunca mais foi capaz de replicar esses resultados e vai para uma Androni onde terá as suas oportunidades, especialmente nas corridas sul-americanas, mas não esperamos que Sepulveda regresse ao nível de 2015.

Outra aposta de Gianni Savio para 2021 é o eritreu Natnael Tesfatsion. O jovem de 21 anos impressionou no início da época ao ser 2º na Tropicale Amissa Bongo e 1º no Tour du Rwanda, prova onde curiosamente a Androni esteve presente e muito provavelmente Savio ficou agradado com a performance de Tesfatsion, que perdeu a Tropicale Amissa Bongo por apenas 1 segundo. O eritreu é um bom finalizador e passa bem as colinas, é explosivo, um ciclista parecido com Biniyam Ghirmay.



Sem grande surpresa Jakub Mareczko irá fazer o seu regresso à Vini Zabu-KTM, equipa onde esteve entre 2015 e 2018 e conquistou 40 das 43 vitórias da carreira, sendo que as últimas 3 foram obtidas com a camisola da CCC em 2020, todas na Volta a Hungria. O italiano tem apenas 26 anos e é um puro sprinter que ainda é capaz de alguns bons resultados ao mais alto nível, o seu grande problema sempre foi posicionamento no sprint final.

Mareczko não passa nada bem a montanha o que lhe retira logo muitas possibilidades de disputar provas em Itália, daí também ter tantas incursões e tantas vitórias na China, nesse país as provas muitas vezes têm um perfil mais acessível. O plantel da Vini Zabu neste momento parece bastante débil, mas o italiano tem o compatriota Riccardo Stacchiotti para o ajudar no lançamento do sprint.



Autor de uma vitória verdadeiramente surpreendente, a performance de Josef Cerny no Giro valeu-lhe uma oportunidade única na carreira, a Deceuninck-Quick-Step abriu a porta ao checo, que não hesitou. O poderoso rolador de 27 anos também fez 2º no Tour Poitou-Charentes e na Vuelta a Murcia em 2020, conseguiu estar sempre no top 10 nos contra-relógios do Giro, naquela que é a sua especialidade. Cerny irá entrar certamente muito motivado na equipa belga e a sua capacidade no terreno plano será bastante útil a perseguir fugas e a manter o ritmo elevado, fazendo um bocadinho o papel de Tim Declercq.

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