A Movistar continua a olhar para os talentos espanhóis e, depois da contratação de Ivan Garcia Cortina, a equipa de Eusebio Unzue virou-se para Gonzalo Serrano. Aos 26 anos, o espanhol chega ao World Tour depois de 3 temporadas na Caja Rural-Seguros RGA. Um puncheur de enorme qualidade, consegue aguentar os seus ataques durante muito tempo, que começou a destacar-se em 2020 mas que este ano deu o salto.



2019 viu Serrano ser 8º na complicada Volta a Turquia mas foi este ano, com o triunfo numa etapa da Vuelta a Andalucia, que o pelotão passou a olhar para ele com outros olhos. Em chegadas algo inclinadas lá estava o corredor de Madrid pronto para a luta e sempre disponível para um ataque. Um prémio merecido numa equipa onde este tipo de corredores escasseia o que lhe dará alguma liberdade.

Depois do excelente contra-relógio realizado na Vuelta a Espanha, onde perdeu por apenas 1 segundo para Primoz Roglic, muito se especulou sobre o futuro de Will Barta. O norte-americano tinha demonstrado que merecia um contrato no World Tour e Jonathan Vaughters e a EF Pro Cycling apressaram-se em contratá-lo. O especialista em contra-relógio esteve em grande nível na Vuelta, começou a subir cada vez melhor, tornando-se num corredor mais completo (foi 22º na geral). Este é mais um ciclista da CCC Team que encontra solução para o seu futuro e um passo natural para mais um graduado da Axeon.



Numa situação delicada após ver a CCC Team extinguir-se também estava Kamil Gradek mas o também especialista de contra-relógio viu o seu futuro ser resolvido no dia de hoje, assinando contrato com a Vini Zabù-KTM. Aos 30 anos, o campeão nacional polaco da especialidade dá um passo atrás na carreira mas certamente terá mais liberdade para procurar os seus resultados, algo que acreditamos que possa conseguir. Será, também, peça importante no comboio de Jakub Mareczko.

Depois de 7 temporadas no World Tour, Silvan Dillier também se viu obrigado a descer de escalão no entanto o suíço encontrou o seu espaço na Alpecin-Fenix, uma equipa que irá fazer grande parte deste calendário. Após um ano complicado, destaque apenas para o 10º lugar no Tour Poitou Charents, o helvético não viu o seu contrato renovado pela AG2R La Mondiale. 2017 e 2018 foram os melhores anos da sua carreira, ganhando no Giro d’Itália, a Route du Sud, a Route Adelie de Vitre e terminando em 2º no Paris-Roubaix. Muito combativo, Dillier passa bem as colinas e a média montanha, aliando isso a uma boa ponta final e a defender-se no contra-relógio, o que o torna um perigo nas provas por etapas de uma semana com alguma dificuldade poderá voltar aos bons resultados nas provas do circuito europeu. Nas clássicas a liberdade não será muita, pois foi contratado para reforçar o bloco de clássicas de Mathieu van der Poel.



A NTT Pro Cycling só ficou a salvo nos últimos dias e, não querendo viver na incerteza, Ben King decidiu regressar aos Estados Unidos e assinar pela Rally Cycling. Aos 31 anos, e depois de 2 temporadas menos conseguidas, é um passo natural na sua carreira, ele que pode ser muito importante para o desenvolvimento de atletas mais jovens devido à sua experiência de 10 anos no nível máximo do ciclismo. Vencedor de duas etapas na Vuelta de 2018 e de uma tirada na Volta a Califórnia de 2016, King sempre se destacou como um corredor combativo que se defende na montanha. Não estranhem vê-lo em muitas fugas das provas norte-americanas.

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