Os últimos dias têm sido bastante calmos, a maioria dos plantéis estão já fechados e, agora, as equipas apenas contrataram cirurgicamente, de forma a completar a sua formação com ciclistas de valor. A Bora-Hansgrohe foi uma das equipas que mais se mexeu, anunciando a chegada de 2 jovens ciclistas.
O primeiro é Matteo Fabbro, italiano de 24 anos que esteve as últimas duas temporadas na Katusha-Alpecin, onde não conseguiu confirmar o potencial que demonstrou entre os sub-23. No ano passado foi 8º na Volta a Turquia e, este ano, 5º no Trofeo Matteotti e 14º na Volta a Polónia. Apareceu a espaços numa equipa onde a estabilidade era pouca e os resultados, no geral, não apareciam, o que dificultava ainda mais a sua adaptação. A Bora-Hansgrohe consegue sempre retirar o melhor dos seus jovens ciclistas pelo que esta pode ser uma excelente movimentação de mercado.
Já esta semana foi anunciada a chegada de Martin Laas. Já se especulava que o estónio seria reforço da equipa alemã pois esteve presente no primeiro estágio de pré-temporada e tudo se veio a confirmar. Aos 26 anos, Laas chega ao World Tour, uma oportunidade que já merecia dado o potencial que tem. Sprinter puro, já venceu a geral da Volta a Estónia e, nas últimas duas temporadas, ao serviço da Team Illuminate conseguiu umas impressionantes 13 vitórias, com destaque para etapas na Volta ao Japão e na Volta à Coreia. Em provas de menor dimensão poderá ter algumas chances de brilhar e, tal como dissemos com Matteo Fabbro, está na equipa certa para evoluir. De um certo modo, vem colmatar a mais que provável saída de Sam Bennett.
A Jumbo-Visma fechou, no dia de ontem, precisamente com um ciclista que corria na Bora-Hansgrohe. Falamos de Christoph Pfingsten. Em 2013 chegou a liderar a Volta a Portugal e, durante a sua estadia na formação alemã (5 temporadas), foi, na maioria dos casos um ciclista de trabalho, quer nas clássicas, quer na preparação dos sprints. Nas raras oportunidades que teve foi2º na Rund um Koln e 7º na Gran Piemonte.Pfingsten é sempre um ciclista necessário em qualquer equipa e a sua experiência será fundamental, não só nas clássicas como no comboio de Dylan Groenewegen.
Aos poucos praticamente todos os ciclistas da extinta Euskadi Murias têm equipa para 2020. O mais recente é Enrique Sanz, sprinter espanhol que assinou pela Kern Pharma, equipa que vai subir ao escalão Continental, depois de muitos anos no calendário amador espanhol. 2019 foi um ano de 5 vitórias, 4 delas em solo português (3 no Alentejo e 1 no Troféu Joaquim Agostinho), isto depois de já ter ganho na Volta a Portugal 2018. Todos estes triunfos têm a característica de terem sido em chegadas com alguma inclinação, os finais perfeitos para o basco. Um corredor muito regular e com experiência, sempre importante para uma equipa que se estreia entre a elite do ciclismo.