Com o desaparecimento da Euskadi-Murias vários ciclistas estão à procura de contrato para 2020 e um dos destinos mais prováveis é a Fundacion Euskadi, que vai subir para Profissional Continental em 2020. O primeiro corredor a fazer essa transição é Garikoitz Bravo, experiente ciclista de 30 anos que já passou por Portugal em 2014, na Efapel. Desde 2015 que estava na estrutura da Euskadi-Murias com bons resultados, especialmente em 2016, quando foi 4º na Vuelta a Madrid e na Vuelta as Asturias, 8º na Clássica Ordizia e na Vuelta a Castilla y Leon. Garikoitz Bravo é muito completo, sobe bem e tem uma ponta final respeitável, o que lhe permite estar no top 10/20 de muitas corridas ao longo do ano, para além de ser tremendamente consistente.




Outro ciclista que representou a formação basca em 2019 foi Hector Saez. O combativo espanhol de 25 anos que somou a sua primeira e única vitória como profissional na Volta a Portugal em Bragança vai regressar à Caja Rural, onde esteve em 2016 e 2017. Hector Saez é um corredor possante e que rola como poucos, foi 7º na Vuelta a Castilla y Leon este ano, um resultado importante numa prova que foi dominada pelo vento, integrou sempre os cortes principais. A Caja Rural está a preparar o futuro, actualmente tem um plantel de 15 ciclistas (que ainda terá obrigatoriamente de crescer) em que o único acima dos 26 anos é Jon Aberasturi.

Ainda esta semana houve um 3º ciclista da Euskadi-Murias a encontrar equipa e não havia grandes dúvidas que o ia conseguir fazer. Cyril Barthe também conhece bem as estradas portuguesas, venceu 2 etapas na Volta a Portugal ao Futuro em 2017, batendo Francisco Campos em ambas as ocasiões. Depois em 2018, já na equipa basca foi 5º no G.P.N2 e foi 10º no Troféu Joaquim Agostinho triunfando na chegada a Sobral de Monte Agraço. Este ano realizou mais uma boa temporada, vários resultados dentro do top 15 e top 20, mostrando consistência o ano todo. Assinou um contrato de 2 temporadas com a Vital Concept, o 2º reforço depois de Frederik Backaert. Barthe é um puncheur, passa bem a média montanha e tem uma boa ponta final, tem tudo para somar pelo menos uma mão cheia de top 10 em 2020.




Patrick Schelling está de regresso ao World Tour depois de lá ter passado em 2015 na IAM Cycling. Schelling é um corredor que tem subido a pulso na carreira, depois de 3 temporadas em equipas Continentais suíças passou para a IAM Cylcing em 2013, não alcançou grandes resultados e foi obrigado a dar um passo atrás, a Voralberg deu-lhe essa oportunidade e de imediato começou a somar grandes resultados, 3º na Volta a Áustria, 4º no Tour of Hainan, em 2017 passou pela Volta a Portugal e foi 13º à geral, o 3º melhor elemento de equipas estrangeiras. 2018 foi mais uma época de resultados incríveis a nível do Europe Tour e esta época destacou-se pelo 11º posto na Volta a Suiça, representando a selecção nacional. A equipa a dar uma segunda chance a Patrick Schelling é a Israel Cycling Academy, formação que vai subir em breve ao escalão principal. Contará com Schelling para as provas com alta montanha, onde pode ser um gregário importante para Daniel Martin.

Riccardo Zoidl está de volta a casa. Depois de ser chamado à última hora pela CCC Team no final de Dezembro o austríaco de 31 anos irá regressar em 2020 à Team Felbermayr, onde esteve em 2017 e 2018. Um ciclista que julgamos ter qualidade para o World Tour, mostrou isso esta época, foi 16º no Tour de Romandie, 13º na Volta a Califórnia e 7º na Volta a Áustria, mas deve sentir-se melhor numa estrutura austriaca que lhe permite estar mais tempo perto de casa. É de esperar uma boa temporada na Felbermayr para o talentoso trepador austríaco, em 2018 foi 5º na Volta a Áustria e ganhou a Volta a Republica Checa e o Tour de Savoie Mont Blanc mesmo estando nesta equipa Continental.



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