Apresentado que está a Volta a França 2024, alguns dos principais protagonistas já reagiram. Nomes importantes estiverem presentes na apresentação e após Christian Prudhomme ter desvendado as etapas, estes ciclistas e responsáveis das equipas estiveram à conversa com os jornalistas.

O campeão em título Jonas Vingegaard foi um dos primeiros a reagir, afirmando que “é um percurso interessante. Vai ser muito difícil, principalmente na terceira semana. Assenta-me bem.” Sobre os contra-relógios confidencia que “se eu tiver as pernas do último contra-relógio do Tour, certamente. Mas se eu tiver as pernas do contra-relógio da Vuelta, então não.”



Relativamente às etapas que mais gosta disse que “as etapas nos Pirenéus também parecem muito difíceis. A etapa com final no Plateau de Beille será especial. É definitivamente algo pelo qual estou ansioso. Em geral, vejo muitas etapas difíceis e isso joga a meu favor. O facto de termos um contra-relógio no último dia é novidade. Na verdade, significa que temos que correr mais um dia.” Sobre a etapa de gravilha a opinião já não é a mais positiva. “É um elemento novo. É interessante, mas por outro lado pode-se perder tudo num dia. Se um dos favoritos perder repentinamente cinco minutos naquele dia, será uma pena.”

Mantendo na Jumbo-Visma, o diretor da equipa Richard Plugge também partilha a mesma opinião sobre a etapa de gravilha: “É sobre ciclismo de estrada. A gravilha pode ter um grande impacto no resultado, puramente por azar”. Apesar de tudo, Plugge diz que “o resto é lindo. Os ciclistas terão que trabalhar durante três semanas. Será um começo incrivelmente intenso e o final também será extremamente difícil.” Plugge vê um percurso ideal para o seu pupilo Vingegaard. “Há quatro chegadas em alto. Para além disso, os contra-relógio também são muito agradáveis, com muitas subidas. Este é um percurso muito bom para ele. Não há dúvidas sobre sua participação.”

Tadej Pogacar não esteve presente mas, em declarações ao jornal L’Equipe, já reagiu ao percurso. “Gosto muito da primeira semana, é mais difícil que o habitual. É preciso estar em boa forma desde o início. A primeira semana tem muito desnível acumulado positivo mas também tem oportunidades para os sprinters.” Sobre o restante percurso, o esloveno disse que “as etapas de montanha não são muito diferentes do normal. Felizmente, é bom para mim.” O ciclista da UAE Team Emirates focou a sua análise nas 3 etapas finais, dizendo que as “últimas 3 etapas serão cruciais, é preciso ter super pernas nesses dias”.



Olhando para os sprinters, o dominador da edição deste ano Jasper Philipsen deixa a questão no ar sobre se, possivelmente, irá até ao final em Nice. “Acho que teremos de avaliar onde estamos após a 16ª etapa (última etapa que Philipsen vê para os homens rápidos). Se já não tiver quaisquer perspectivas na camisola verde é preciso questionar se vale a pena continuar. Há outros objetivos, como os Jogos Olímpicos ou outras coisas no final da temporada.”

Outro dos grandes interesses será saber que Mark Cavendish irá superar o recorde de vitória no Tour de Eddy Merckx. A 35ª vitória é o objetivo, mas para primeira impressão o britânico revelou ficar em choque, afirmando que o percurso é muito difícil. “Existem algumas oportunidades de sprint, mas é preciso alcançá-las. Esse é o problema”. O Tour começa em Itália, perto de onde Cavendish mora há alguns anos. Cav conhece as estradas e considera que esse momento será muito especial para si e para os adeptos.



Por fim, mencionamos as declarações do sempre controverso Patrick Lefevere. O manager belga partilha da opinião de Richard Plugge: “Não acho que todas as provas por etapas importantes devam agora incluir setores de gravilha no percurso. Você não pode vencer o Tour nestas etapas, mas pode perdê-lo”. Relativamente ao percurso em geral, Lefevere diz que “a quarta etapa já tem um final difícil. Depois é um percurso muito variado, com certas etapas curtas.” Questionado sobre a presença ou não de Remco Evenepoel, o líder da Soudal-QuickStep afirmou que as hipóteses são grandes mas que ainda há um calendário a definir nas próximas semanas.

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