Segundo dia de clássicas na belga com um início muito animado, com bastantes ataques até que a fuga do dia se forma-se. Mikkel Bjerg, Roy Jans, Boris Vallee, Hugo Houle e Jonas Abrahamsen foram os aventureiros do dia, que passaram grande parte da prova na frente.
O pelotão manteve-se calmo durante grande parte do percurso com a corrida a animar, apenas 60 quilómetros do fim, aquando da passagem pelo Oude Kwaremont. Matteo Trentin impôs um ritmo fortíssimo, partiu o pelotão, deixando cerca de 20-25 ciclistas na perseguição à fuga do dia, onde estavam, entre outros, Greg van Avermaet, John Degenkolb, Jasper Stuyven, Cees Bol, Alexander Kristoff e Tim Merlier.
O ritmo de corrida aumentava e a fuga via a sua vantagem cair a olhos vistos. A Deceuninck-QuickStep organizou-se no grande grupo, apanhando o grupo perseguidor a 35 quilómetros da chegada. A fuga do dia, onde já não estava Mikkel Bjerg, estava a, somente, 30 segundos.
Com a fuga já debaixo de olho, Bob Jungels atacou, servindo de rampa de lançamento para um contra-ataque de Kasper Asgreen que, rapidamente, fez a ponte para a fuga, onde seguiu na companhia de Jans e Vallee.
Aos poucos, os resistentes da fuga foram deixando a roda de Asgreen, com Vallee a ser o derradeiro, a 10 quilómetros da chegada, num grupo que nunca teve mais de 40 segundos. Sunweb, Lotto-Soudal e INEOS davam o tudo por tudo no pelotão para anular a fuga solitária de Asgreen. O dinamarquês parecia condenado, já que a vantagem estava cada vez mais curta, entrando com 15 segundos nos últimos 5 quilómetros.
Asgreen não desistiu e pedalou com tudo o que tinha até à meta, conseguindo fazer o impensável. O ciclista da Deceuninck-QuickStep vencia, assim, a Kuurne-Bruxells-Kuurne, ao jeito de Bob Jungels na temporada passada. O pelotão sprintou pelo 2º lugar, com Giacomo Nizzolo a vencer essa luta, à frente de Alexander Kristoff.