A Astana tem sido uma das equipas mais ativas no mercado de transferências. A saída da Premier Tech levou à reformulação da estrutura da formação cazaque e ao regresso de Alexandre Vinokourov. Mais de uma dezena de ciclistas já saíram, mas as entradas não ficam para trás, passando também das 10.
A “nova” Astana-Qazaqstan Team tem apostado no reforço do bloco através de ciclistas italianos e, depois das chegadas de Vincenzo Nibali, Gianni Moscon e Leonardo Basso foram anunciados mais 4 corredores transalpinos.
Aquando da chegada de Vincenzo, já se falava que Antonio Nibali também estava a caminho, isto depois de ter chegada a um princípio de acordo de renovação com a Trek-Segafredo. Esse acordo não teve efeito e o Nibali mais novo (29 anos) também assina pela Astana. O italiano é um corredor que se destaca na montanha, sendo sempre um gregário bastante fiável quando a estrada inclina e, não seria de estranhar que fizesse quase todo o calendário com o seu irmão.
O nome mais conceituado é, sem dúvida, Valerio Conti. O ciclista de 28 anos já envergou a camisola rosa no Giro e já venceu na Vuelta, no ano de 2016. Sempre um perigo nas clássicas italianas, Conti sai pela primeira vez da estrutura da UAE Team Emirates/Lampre, depois de duas temporadas mais apagadas. Mesmo assim, a qualidade está lá e se Conti voltar ao seu nível será um corredor muito importante.
Aos 25 anos, Simone Velasco dá o salto para o World Tour depois de duas temporadas na Gazprom-Rusvelo. Especialista de clássicas, adapta-se muito bem à média montanha e tem uma razoável ponta final. Acabou muito bem a temporada de 2021, conseguindo ser 2º no Tour du Jura, 4º na Coppa Agostoni, 6º no Tour du Limousin (onde venceu uma etapa) e no Giro di Sicilia, 9º na Volta a República Checa e no Giro del Veneto. Veremos se consegue dar o salto qualitativo, por vezes é necessário um período de adaptação mas, em teoria, é uma excelente contratação.
O último nome vindo de solo transalpino é, o ainda mais jovem, Michele Gazzoli, este com apenas 22 anos. 4º nos recentes Mundiais sub-23, Gazzoli é mais que um sprinter, conseguindo passar as dificuldades com alguma facilidade. Campeão europeu junior e 2º no Tour de Flandres do escalão no ano de 2017, ainda não atingiu esse potencial, mas ao ter passado por equipas de formação como a Kometa e a Colpack mostram o seu potencial.
Alexandr Riabushenko é o segundo reforço da Astana-Qazaqstan Team vindo da UAE Team Emirates. Com 26 anos, o bielorrusso deverá ter mais liberdade na sua nova equipa, principalmente nas semi-clássicas e nas chegadas ao sprint após dias mais duros. Campeão europeu sub-23 em 2016, Riabushenko era uma das pérolas da sua geração mas que ainda não conseguiu confirmar o seu potencial, contando apenas com um triunfo na carreira.
Todos os anos, a formação cazaque dá a oportunidade a ciclistas do seu país e o sortudo deste ano é Nurbergen Nurlykhassym. Atual campeão nacional sub-23, o jovem de 21 anos não apresenta mais resultados de relevo ao longo da sua ainda curta carreira. De referir que todos os ciclistas falados assinaram contratos para as próximas duas temporadas.