A última noite/madrugada foi bastante animada em termos de ciclismo. Na Austrália e na Nova Zelândia decorreram as provas de estrada dos respetivos Campeonatos Nacionais e as surpresas foram muitas.
Na Austrália, uma fuga com Michael Freiberg, Luke Durbridge, Chris Harper e Alex Edmondson marcou o início de corrida e viria a tornar-se decisiva. A 37 quilómetros do fim, e atacando de um grupo numeroso onde não estavam os grandes favoritos, Conor Murtagh, Jason Lea e Cameron Meyer fizeram a ponte, chegando à frente de corrida.
Os ataques no Mount Buninyong foram constantes e com 3 Mitchelton-Scott na frente, foram estes que mais tentaram. Já na última volta, só restavam Harper e Meyer na frente no entanto o entendimento não era muito, permitindo a reentrada de Freiberg , que chegou a estar a 20 segundos, a apenas 800 metros da chegada. O ciclista de 28 anos mal respirou pois lançou-se logo ao ataque para chegar à meta isolado com 1 segundo de vantagem para Harper e Meyer, que foram 2º e 3º respetivamente.
Michael Freiberg é um ciclista que vem da pista, de um programa que a Federação australiana tem que visa a promoção de jovens talentos, tal como o Reino Unido aplica. Um corredor talentoso e possante, não se esperava que resistisse à dureza do traçado.
No lado feminino a surpresa ainda foi maior, com a Mitchelton-Scott a ter tudo para ganhar mas a não o conseguir mais uma vez. Com apenas 18 anos, Sarah Gigante deixou para trás as muito mais experientes Amanda Spratt e Sarah Roy para triunfar.
Ali ao lado, na Nova Zelândia, James Fouché continou o seu fim-de-semana de sonho. Após ter ganho a prova de contra-relógio sub23, o ciclista da Team Wiggins Le Col superiorizou-se à concorrência, em Napier, isto depois de ter andado, os últimos 30 quilómetros em solitário. Aos 20 anos, Fouché teve tempo para tudo, já que chegou com mais de 3 minutos de vantagem para o primeiro grupo, onde Kees Duyvesteyn conquistou a prata e Tom Scully, o primeiro ciclista elite, o bronze.