Um dos segredos mais mal guardados deste defeso esta mudança e Mark Cavendish da Dimension Data para a Bahrain-Merida, que foi finalmente hoje confirmada. O britânico de 34 anos que soma umas incríveis 146 vitórias na carreira assinou por 1 temporada e vem reforçar também a posição da McLaren dentro da estrutura da Bahrain-Merida.




A McLaren é uma empresa britânica e por isso precisava de uma estrela britânica para compor ainda mais a sua aposta na modalidade. Quando Cavendish foi campeão do Mundo em 2011 a McLaren esteve envolvida no desenvolvimento da bicicleta, num mundial propício para sprinters. O Director Desportivo Rod Ellingworth também já trabalhou com Cavendish na selecção britânica e se há alguém que ainda consegue retirar resultados de alto nível de Cavendish será ele.

É verdade que o britânico vencedor de 48 etapas em Grandes Voltas também não teria propriamente muito mercado. E um corredor com um salário elevado e há equipas que não podem apostar num “tiro no escuro”, ninguém já sabe bem o que Cavendish conseguirá, nas últimas 3 temporadas ganhou apenas por 2 ocasiões, no Abu Dhabi Tour em 2017 e no Dubai Tour em 2018. 2019 então foi para esquecer, somente conseguiu 1 pódio, na Volta a Turquia. O seu rendimento claramente baixou desde que começou a ser afectado pelo vírus Epstein-Barr, no início de 2017.




Nota-se que Cavendish ainda tem a destreza e a capacidade de colocação mas falta-lhe claramente capacidade física para o que a cabeça quer fazer. Se sentir que não está ao nível desejado o mais provável é pendurar a bicicleta no final da próxima temporada. Ao menos está numa equipa onde terá menos pressão, a Bahrain-Merida em média ganha muito mais que a Dimension Data e tem outras estrelas como Mikel Landa, Wout Poels ou Dylan Teuns. Um possível problema para Cavendish é não ter ao seu lado o seu parceiro dos sprints, Mark Renshaw.

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