Prova de estrada para os sub-23 masculinos, esperava-se uma corrida rápida, atacada e complicada de controlar, pela selecção nacional corriam Fábio Costa, Carlos Salgueiro e Pedro Miguel Lopes. Houve uma fuga inicial composta pelo irlandês Adam Ward, pelo neozelandês Logan Currie e pelo estónio Gleb Karpenko, tendo este trio ainda obtido uma vantagem assinalável. Várias selecções foram passando pela frente, a diferença foi diminuindo e estava tudo em aberto quando a prova entrou no circuito mais duro destes Mundiais.




A tensão subiu, a velocidade também e começaram as quedas em catadupa a partir deste ponto. O Reino Unido tentou partiu a corrida e lançou Lewis Askey na frente, só que nenhum grupo conseguia ganhar vantagem e Currie, o último resistente da fuga, foi apanhado. As quedas sucediam-se, com muitos corredores e alguns favoritos envolvidos, o circuito da Flandres deixava a sua marca e a cerca de 55 kms da meta o pelotão partiu-se em 2. Ayuso e Baroncini estavam para trás, enquanto Fábio Costa e Pedro Miguel Lopes seguiam na frente, isto dos representantes portugueses.

A cerca de 45 kms do final houve a primeira movimentação perigosa, um momento de hesitação permitiu a formação de um grupo composto por Luca Colnaghi, Daan Hoole, Mauro Schmid, Jarraz Drizners, Finn Fisher-Black, Kevin Vermaerke, Fábio Costa, Anders Johannesen e Tomas Kopecky. O grupo foi colaborando bem, ao contrário do que se passava no pelotão, onde a Bélgica tinha falhado neste momento crucial. Estes 9 elementos passaram na meta com 15 segundos sobre Fedorov e Vauquelin, 28 sobre Azparren e 44 para o pelotão.




A partir desse momento a colaboração começou a deteriorar-se na frente e graças a um esforço da Bélgica e a ataque na maior dificuldade do dia a diferença passou para 20 segundos a cerca de 20 kms da meta, já sem Fisher-Black na frente. Mauro Schmid tentou uma primeira vez e à segunda ganhou mesmo uma vantagem importante, sempre com Fábio Costa em destaque no grupo perseguidor, chegando mesmo a rodar sozinho em posição intermédia.

A Holanda assumiu as rédeas do pelotão para Olav Kooij e mataram completamente a fuga. A 5 kms do final um ataque de Filippo Baroncini fez tremer os holandeses, ganhou um bom espaço, ultrapassando Schmid e um luxemburguês pelo caminho. O italiano ganhou cerca de 10 segundos e nunca mais o pelotão lhe conseguiu colocar pôr a vista em cima, já não havia grande forças de perseguição. Baroncini teve tempo para tudo, festejando o segundo título consecutivo para a Itália. No sprint em ligeira subida o eritreu Biniam Ghirmay alcançou uma histórica medalha de prata, batendo Olav Kooij, da Holanda.

Fábio Costa culminou uma grande exibição com o 21º posto, com Pedro Miguel Lopes a fechar em 33º.

 

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