O Tour du Haut Var começou com uma jornada curiosa, 3 passagens da mesma subida com a última das passagens a coincidir com a meta e um alinhamento de luxo à partida. Flavien Maurelet, Otto Vergaerde, Jeremy Leveau, Tom Wirtgen e Oscar Cabedo encabeçaram a prova durante largas dezenas de quilómetros, mas sempre debaixo de olho de um pelotão liderado pela Ineos Grenadiers.
Na primeira passagem não houve grandes movimentações, Leveau perdeu o contacto com a fuga e Andrea Mifsud tentou saltar do grupo principal, liderado por Dylan van Baarle, que estava a 2 minutos da frente da corrida. Vergaerde foi o último resistente, alcançado a metros do final da 2ª passagem pela linha de meta. O pelotão já era reduzido e foi Krists Neilands a passar na frente da contagem de montanha.
A tentativa de Oliver Naesen na descida foi anulada pela Trek-Segafredo e como seria de esperar houve bastantes ataques na última ascensão. As hostilidades foram iniciadas por Valentin Madouas, Quentin Pacher, Bem O’Connor e Krists Neilands, com Pacher a ficar sozinho na frente pouco depois. O francês aguentou até aos 3 kms finais, apanhado pelo esforço da Groupama-FDJ.
A formação francesa continuou a trabalhar para um triunfo caseiro, mas um bom posicionamento e uma boa ponta final valeram a Bauke Mollema o regresso aos triunfos, num sprint relativamente folgado em que ganhou a Greg van Avermaet e Valentin Madouas, o tal ciclista para a qual a Groupama-FDJ estava a trabalhar.
Mollema venceu depois de um 2020 “a seco” e o corte de 2 segundos que aparentemente conseguiu pode ser decisivo para a classificação geral pois nesta corrida não há bonificações. Nota negativa para a Ineos Grenadiers que trabalhou imenso para não colocar ninguém no top 10.