A clássica das folhas caídas, o último Monumento do ano, teve um início bem animado com uma escapada mais forte que o habitual. Enrico Barbin, Cesare Benedetti, Fausto Masnada, Toms Skujins, Remi Cavagna, Marco Marcato, Davide Ballerini e Petr Rikunov. As equipas dos mais favoritos, nomeadamente Movistar, Jumbo-Visma e Ineos chegaram a permitir quase 6 minutos de diferença.
Com o aproximar da fase decisiva da corrida e da subida Madonna del Ghisallo a vantagem começou a diminuir e era de quase 3 minutos a 70 kms da meta. Na frente o talentoso Fausto Masnada foi em solitário, tendo a companhia de Toms Skujins na descida. No pelotão saiu Bob Jungels, que foi apanhando os elementos da fuga um a um. Finalmente a 52 kms da meta Jungels juntou-se a Skujins, que tinha acabado de deixar Masnada para trás.
A corrida explodiu no Muro di Sormano, houve muitos ataques com Rafal Majka e Giulio Ciccone a lideraram as intenções ofensivas e o grupo dos favoritos partiu-se em 2. No entanto a descida resolveu essa situação e ficaram cerca de 25 corredores na frente. Antes de Civiglio juntaram-se mais 15 ciclistas ao grupo principal enquanto se lançaram ao ataque Emanuel Buchmann e Tim Wellens.
No Civiglio a Movistar e a Jumbo-Visma sufocaram toda a gente e o primeiro grande ataque foi de Alejandro Valverde. Houve reacção dos seus rivais e num momento de hesitação saiu o perigoso Bauke Mollema. Mollema fez uma grande descida, a reacção demorou e entrou nos 11 kms finais com 30 segundos de avanço. O grupo perseguidor fez birra, a vantagem esticou para 45 segundos e foi então que Roglic decidiu ir sozinho perseguir Mollema.
Roglic foi apanhado na última subida por Valverde, Bernal, Haig, Fuglsang e Woods e houve novo desentendimento, o que beneficiou Mollema. O holandês da Trek-Segafredo seguiu para a maior vitória da carreira, com tempo para a saborear. No sprint pelo 2º lugar o mais forte foi Alejandro Valverde, diante de Egan Bernal e Jakob Fuglsang.