Numa conferência de imprensa realizada no dia de hoje, o dinamarquês Bjarne Riis anunciou que está de regresso ao ciclismo. O antigo corredor, através da sua empresa Virtu Cycling Group, vai tornar-se co-proprietário da equipa do World Tour NTT Pro Cycling, sendo, também, o diretor desportivo principal do projeto.
A Virtu Cycling Group tem mais sócios para além de Bjarne Riis, sendo dedita por Lars Christensen, CEO do Saxo Bank, e Jan Bech Andersen, maior acionista dos clubes dinamarqueses Brondby e Copenhaga.
Será uma mudança de paradigma na NTT Pro Cycling, até agora só detida por Douglas Ryder, uma vez que a equipa sul-africana vai, aos poucos, perder a sua identidade africana, já que até 2021 Bjarne Riis conta ter a equipa montada da sua forma, a ponto da partida do Tour de France, na Dinamarca, mais propriamente, em Copenhaga. Essa presença dinamarquesa já se faz sentir em parte nos ciclistas, com Andreas Stokbro e, principalmente, Michael Valgren. O próprio Lars Bak que se retirou este ano vai passar a ser director-desportivo.
Uma figura única dentro do mundo do ciclismo, apareceu, enquanto diretor desportivo, em 1999, com a CSC, equipa que onde esteve até 2015, tendo passado por Saxo Bank e, por fim, Tinkoff-Saxo. Saiu após Oleg Tinkov ter comprado a licença a Riis. Em 2016, regressou com a TreFor, que se chamou no ano seguinte, Virtu Pro, uma equipa Continental, tendo, agora, a denominação de Team Waoo. Venceu o Tour em 1996.
Criou, também, uma equipa feminina, de nome Virtu Cycling Women, contando com várias vitórias importantes, incluindo o Tour de Flandres de 2019, por intermédio de Marta Bastianelli. Alegando falta de patrocinadores, terminou o projeto no final da temporada, talvez já pensando focar-se no regresso ao World Tour.
Na conferência de imprensa Riis disse que “este é um momento de orgulho para a Virtu Cycling, estou muito entusiasmado com a parceria e o potencial da mesma. Juntos, acredito que podemos desenvolver uma das melhores equipas de ciclismo do Mundo, baseado na performance e na tecnologia, aliado aos nossos anos de experiência no World Tour.”