Dia para uma das etapas rainha da Volta a França deste ano, um dia que estava a gerar muita expectativa, devido aos possíveis ataques que poderiam acontecer ainda longe da meta. A etapa arrancou com os monstros do ciclocrosse Wout van Aert e Mathieu van der Poel a atacarem, andaram em fuga bastante tempo até receberem a companhia de Mattia Cattaneo e, depois, um grupo de 17 ciclistas, incluindo nomes como Maximilian Schachmann, Simon Geschke, Ion Izagirre, Dylan Teuns, Warren Barguil, Pierre Latour e Krists Neilands.



Sem ninguém perigoso na frente, a UAE Team Emirates controlou a seu belo prazer, deixando a fuga ganhar mais de 9 minutos já em plena ascensão do Col du Telegraphe. Ainda nesta subida, a mais de 67 quilómetros do fim, o fogo-de-artifício estava lançado! Tiesj Benoot lançou a primeira ofensiva, com Primoz Roglic na roda, rapidamente fechada por Tadej Pogacar.

A Jumbo-Visma passou para o controlo das operações e, mesmo após o topo do Col du Telegraphe, Roglic surpreendeu com um ataque! O esloveno apanhou quase todos desatentos, com excepção de Thomas, Vingegaard e Pogacar. O quarteto foi por ali fora, descida abaixo, Vingegaard e Roglic foram atacando à vez mas Pogacar conseguia, sempre, fechar o espaço.

A corrida acalmou quando Marc Soler, sozinho, conseguiu fazer a ponte para o grupo do camisola amarela mas, logo depois, mais homens da classificação geral conseguiam encostar. A UAE Team Emirates ainda tinha Rafal Majka e Brandon McNulty que permaneceram na frente até novo ataque da Jumbo-Visma e de Primoz Roglic!



O ataque do esloveno voltou a partir a corrida, apenas Pogacar, Vingegaard, Thomas, Bardet e Quintana conseguiram segui-lo. Farto de responder a ataques, Pogacar decidiu que estava na hora de mexer a praticamente 50 quilómetros do fim, um ataque que deixou para trás Roglic e Quintana numa primeira fase e, nos quilómetros finais da subida, Thomas e Bardet. Alheio a tudo isto, na frente da corrida, Warren Barguil já seguia em solitário, passando no topo do Col du Galibier com 1 minuto de vantagem para Geschke. Pogacar e Vingegaard passavam a 4:30.

A longa descida que se seguiu viu muitos ciclistas reentrar no grupo de Pogacar, incluindo Thomas, Bardet, Yates, Lutsenko, Quintana e Kruijswijk. Wout van Aert, que estava na frente, quase parava na estrada para esperar pelo grupo de Roglic/Gaudu, a cerca de 1 minuto do grupo do líder. Sem surpresa, o grupo de Roglic conseguia chegar à frente uns quilómetros à frente. A entrada no Colu du Granon, e nos últimos 11300 metros, fez-se com Barguil na frente com 2:10 de vantagem para Geschke, Teuns e Latour e 4 minutos para o grupo dos favoritos.



As primeiras rampas fizeram a primeira seleção no grupo dos favoritos, com Pogacar, Majka, Vingegaard, Kruijswijk, Thomas, Yates, Bardet e Quintana a serem os mais fortes. Quintana quis aumentar o ritmo e foi por ali fora sozinho, mesmo com o seu companheiro Barguil na frente. Majka ia fazendo todo o trabalho no grupo dos favoritos, Bardet atacava a 4800 metros do fim e a partir daqui começou o espetáculo.

Vingegaard sentia que este era o momento certo, a 4500 metros arrancava muito forte, Pogacar confiou em Majka para fechar o espaço, o polaco não conseguiu e o esloveno muito menos, começando a ceder perante os seus rivais. Vingegaard estava incrível, rapidamente chegou e passou por Quintana, que entretanto já tinha passado Barguil. Atrás, também Thomas deixava Pogacar.

O dinamarquês da Jumbo-Visma estava a um ritmo alucinante, foi triturando metros atrás de metros no Col du Granon, e no final conquistou o Col du Granon e a etapa! Exibição monstruosa de Vingegaard que venceu com 59 segundos de vantagem para Quintana, 1:10 para Bardet, 1:38 para Thomas, 2:04 para Gaudu, 2:10 para Yates e … 2:51 para Pogacar.



Desta forma, Vingegaard é o novo camisola amarela do Tour de France, com 2:16 de vantagem para Bardet e 2:22 para Pogacar.

Results powered by FirstCycling.com

By admin