Nos últimos tempos, têm corrido os rumores de que o continente africano vai acolher os Campeonatos do Mundo, numa tentativa de globalizar ainda mais a modalidade. Numa extensa entrevista ao diário italiana Gazzetta Dello Sport, David Lappartient afirmou que o Ruanda e Marrocos são os dois candidatos a acolher o Campeonato do Mundo de Estrada em 2025 e que a decisão será tomada depois dos Mundiais de Yorkshire, que decorrem na próxima temporada.
No entanto há um país que parte em vantagem. A partir de 2019, o Tour of Ruanda será uma prova 2.1 e por isso este país terá maior experiência, segundo Lappartient, e por isso parte na pole position para organizar os Mundiais. De recordar que o Tour of Ruanda tem ganhar mais peso e em 2019 irá contar já com equipas WT como a Astana a competir. O entusiasmo dos locais pelo ciclismo é mais que reconhecido.
Mudando de tema, sempre foi lema da UCI tentar não coincidir provas por etapas do World Tour na mesma altura, permitindo às equipas e aos atletas uma mais fácil calendarização. Desde que a Volta a Califórnia subiu à categoria máxima do ciclismo, que tem coincidido com o Giro e o presidente da UCI, David Lappartient quer acabar com isso.
O francês afirmou que a UCI está a trabalhar para que as duas provas não se disputem na mesma altura, acrescentando que “Já falamos com a RCS Sport (entidade organizadora do Giro) e em dezembro iremos conversar com os organizadores da Volta a Calfiórnia. O objetivo é adiar o Giro uma semana e antecipar a Volta a Califórnia uma semana de forma aos ciclistas fazerem as duas provas”. Resta saber seo Tour também será adiado 1 semana ou não, mas caso isso não aconteça, poderá inviabilizar que homens da classificação geral façam a dobradinha Giro-Tour. Esta mudança está a ser pensada para 2020.
Precisamente para 2020, irá haver mudanças na estrutura dos rankings da UCI. As equipas do World Tour irão candidatar-se para uma licença de 3 anos, o que dará mais estabilidade às equipas, e a partir dessa temporada pretende-se criar uma UCI Classics Series, que irá reunir 20 a 25 clássicas, uma espécie de Taça do Mundo, como já houve há alguns anos.
O presidente da UCI também abordou o tema dos potenciómetros, assunto lançado para cima da mesa por Christian Prudhomme. Para já não haverá mudanças que afectem 2019, será criado um grupo de trabalho que irá reunir pessoas de várias áreas com interesse no ciclismo. Banir os potenciómetros estará em cima da mesa, mas não é a única solução para tornar o ciclismo mais atractivo, o grande objectivo desse grupo de trabalho.