Dia muito curta nesta Vuelta, para fechar a segunda semana da competição espanhola. O início foi muito atacado, até que uma fuga de 23 ciclistas conseguiu fugir ao pelotão, estando, entre eles, Mattia Cattaneo, Luis Leon Sanchez, Nans Peters, Guillaume Martin, Angel Madrazo e Davide Formolo.
O dia foi feito a todo o gás, com a Jumbo-Visma a não dar mais de 2 minutos à escapada. A cerca de 55 quilómetros do fim, a Movistar tomava conta das operações, numa altura em que David de la Cruz e Esteban Chaves atacavam no pelotão, no entanto não foram muito longe.
A fuga partiu-se na descida do Alto de la Mozqueta, juntou-se na fase de plano mas voltou a partir-se no Alto del Cordal, onde Cattaneo, Sanchez e Martin conseguiram distanciar-se da concorrência. Este trio ainda entrou na frente no início do Alto de L’Angliru, com 30 segundos, mas as duras rampas desta subida fizeram as suas vítimas com estes a serem alcançados a 10,6 quilómetros do fim.
Um a um, os favoritos foram cedendo ao ritmo da Jumbo-Visma, entrando nos últimos 5000 metros só com 10 ciclistas no grupo: Vingegaard, Kuss, Roglic, Mas, Martin, Carapaz, Vlasov, Poels, Carthy e Woods. Os ataques apareceram a 3,5 quilómetros com Enric Mas a saltar do grupo dos favoritos, levando Kuss a entrar ao trabalho.
A 2000 metros do fim, Carapaz atacava, saindo do grupo com Carthy e apanhando Mas. Atrás, continuava a ser Kuss a perseguir, com Vlasov também a sair e a juntar-se à frente. O britânico da EF Pro Cycling mexia-se a 1300 metros do fim, abrindo uma vantagem considerável. A pedalada era muito boa e já ninguém iria apanhá-lo.
Na curta descida até à meta, Carthy tinha tempo para acabar de fechar a camisola e festejar o seu grande triunfo da carreira, no Alto de L’Angliru. Vlasov e Carapaz fechavam o pódio, a 16 segundos, num grupo onde também chegava Carapaz. Roglic era 6º, a 26 segundos, com Kuss e Martin. Com estas diferenças, Carapaz recuperou a camisola vermelha, partindo para o segundo dia de descanso, com 10 segundos de vantagem para Roglic e 32 para Carthy.