Dia complicado em França para o Paris-Tours, mais uma prova marcada pelo mau tempo, ainda por cima com alguns troços de terra batida por ultrapassar. Talvez por isso mesmo Mads Pedersen atacou a mais de 60 quilómetros da meta, com receio da confusão e das quedas num terreno bastante escorregadio. Uma ofensiva que pareceu um pouco suicida porque o dinamarquês arrancou sozinho e fez a ponte para o que restava da fuga e as diferenças iam mantendo a esperança de Pedersen acesa.

Foi a pouco mais de 30 quilómetros do final, numa altura decisiva da corrida que Christophe Laporte fez o seu ataque, um corredor que conhece esta prova como poucos e juntamente com Mathias Vacek fez a transição para a frente, onde ambos uniram forças com companheiros de equipa, Affini e Pedersen. Affini foi o primeiro a ceder e até Pedersen não conseguiu acompanhar o ritmo, no grupo principal a Alpecin-Deceuninck fazia o que podia para controlar a diferença em prol de um sprint para Jasper Philipsen, já sem Soren Kragh Andersen com um furo na pior altura.




Por falar em furos, algo normal numa corrida deste género, António Morgado esteve ao ataque a cerca de 25 quilómetros da meta e também ele foi vítima de uma avaria mecânica. Quando as subidas terminaram Laporte e Vacek tinham 30 segundos para a concorrência, faltavam 10 quilómetros e o duo colaborou bem para disputar o triunfo entre eles, enquanto não só não havia muita força de perseguição, como havia a perturbação da mesma por parte da Lidl-Trek. Laporte mostrou toda a sua experiência no sprint final, deixou Vacek na frente e lançou a aceleração nos seus próprios termos para triunfar numa corrida espectacular e em condições dantescas. Jasper Philipsen foi o melhor do pelotão, enquanto Rui Oliveira foi 19º e António Morgado 34º, ambos os portugueses realizaram uma bela corrida.

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