Já desde Abril que se fala na saída de Christophe Laporte da Cofidis, uma estrutura onde o francês passou a profissional em 2014, encontrando-se na 8ª temporada dentro da mesma estrutura. Com o contrato a terminar em 2021 o gaulês de 28 anos achou que era tempo de mudança, ele que já conta com 19 vitórias na carreira.
Para o concurso de Laporte não faltam pretendentes, até porque deu nas vistas bem cedo, ao ganhar 1 etapa na Etoile de Besseges, fazer 2º em 2 etapas do Paris-Nice e ser figura activa nas clássicas, foi 2º na Dwars door Vlaanderen, 11º no Tour des Flandres e recentemente ganhou o Circuit de Wallonie. Perfilando-se cada vez mais como um ciclista de clássicas, mais até do que um sprinter, uma equipa em particular estava à procura deste tipo de ciclistas.
Durante a Primavera a Jumbo-Visma apercebeu-se que tem de ter mais apoio para Wout van Aert, o belga estava constantemente sozinho mesmo em grupos ainda grandes. Mike Teunissen lesionou-se e van Aert ficou sem o seu braço direito. A equipa holandesa tem grandes objectivos nas clássicas e por isso mesmo, segundo o Wielerflits, garantiu a contratação de Christophe Laporte, um corredor experiente e que dá garantias neste tipo de provas. A ideia é não só van Aert ter mais apoio, como também existir uma alternativa que os rivais considerem perigosa dentro da equipa, retirando assim pressão a van Aert, até porque Laporte tem uma boa ponta final em grupos reduzidos.
A Eolo-Kometa teve uma estreia de sonho do Giro, com a brilhante e inesperada vitória de Lorenzo Fortunato no Monte Zoncolan. Isso deu muito mais alento para a consolidação do projecto onde Alberto Contador e Ivan Basso estão envolvidos. A estrutura quer crescer e aponta para uma equipa sub-23 e uma equipa feminina em 2022, bem como a chegada de um reforço sonante, avança a Gazzetta Dello Sport.
Esta ambição pode culminar com a ambicionada subida ao World Tour dentro de alguns anos, lembrando que a Itália não tem nenhuma equipa no World Tour neste momento. Esse nome sonante será Elia Viviani, o ciclista que vai transportar a bandeira de Itália na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde vai participar na vertente de pista.
A passagem de Viviani pela Cofidis não correu nada bem, e aos 32 anos esta será uma mudança absolutamente decisiva na carreira do italiano, a confirmar-se claro está. Passou de 11 vitórias em 2019, ao serviço da Quick-Step, onde foi um dos melhores sprinters do Mundo, para 1 vitória em ano e meio, ao serviço da formação gaulesa, e foi no Cholet-Pays de Loire, uma semi-clássica francesa. Isto apesar de ter um comboio quase feito à medida, com Fabio Sabatini e Simone Consonni, ainda tendo a equipa contratado o seu irmão Attilio Viviani. Viviani provavelmente exigiria a contratação de mais 1 ou 2 corredores, mas a Eolo-Kometa já tem alguns ciclistas rápidos como Luca Wackermann, Luca Pacioni, Manuel Belletti ou Vincenzo Albanese, que podem participar no comboio.
A confirmar-se a saída destes 2 elementos a Cofidis fica praticamente sem sprinters, Sajnok é regular, não sendo um sprinter de topo e Jempy Drucker já não é um puro sprinter. Resta saber qual será a estratégia, se contratar alguns ciclistas rápidos ou reforçar o bloco da montanha da equipa já que Guillaume Martin é uma aposta de futuro.