Foto: Volta ao Algarve

Jornada muito importante da Volta ao Algarve, a primeira chegada em alto com o palco no Alto da Foia prometia fazer as primeiras diferenças mais a sério na classificação geral e mostrar quem estava aqui para vencer e para jogar pelo pódio. Hoje a fuga foi um pouco mais internacional, com Max Walker e Martin Urianstad a fazerem companhia a vários ciclistas de equipas portuguesas: Ruben Simão, Aleksandr Grigorev, Gonçalo Amado, Oliver Rees, Pedro Silva e César Martingil. Infelizmente devido a consequências da queda sofrida ontem Gonçalo Amado, único repetente em fuga, foi obrigado a abandonar.

A diferença nunca subiu dos 6 minutos e começou a cair mais rapidamente quando sem nada o prever, a Uno-x lançou um ataque colectivo a cerca de 70 kms da meta. Do pelotão arrancaram Jonas Abrahamsen com o seu líder Andreas Leknessund, sendo que ainda tinham mais 1 companheiro na fuga, uma estratégia arrojada e de louvar. Em cerca de 20 kms alcançaram a frente da corrida, ainda antes de Alferce, o que também obrigava as restantes equipas a uma atenção redobrada e a acelerar o ritmo lá atrás.




A fuga foi perdendo elementos, primeiro Ruben Simão, depois Pedro Silva, também César Martingil já em Alferce, subida onde Grigorev aproveitou para somar mais uns pontos para a classificação da montanha. A diferença para o pelotão era de 2:30, mas a subida da Pomba viria a alterar isso, foi uma subida feita a um ritmo bem elevado que partiu completamente o grupo principal, muito fruto do ritmo da Soudal-Quick Step em prol de Remco Evenepoel. Resultado disso também Leknessund acelerou na fuga e deixou toda a gente para trás, entrando na Fóia com bem menos de 1 minuto de avanço para um pelotão limitado a cerca de 30 unidades.

O norueguês foi alcançado nos primeiros quilómetros da subida, ainda passou em primeiro lugar no sprint bonificado diante de Wout van Aert, mas sucumbiu ao ritmo altíssimo de James Knox. O último resistente das equipas portuguesas, Hélder Gonçalves, cedeu a 4 kms da meta, juntamente com Marc Hirschi e Magnus Sheffield e bem depois de Geraint Thomas ou Rui Costa, um esforço assinalável. Jan Christen ainda mexeu, só que Mikel Landa pegou no grupo e o ritmo do espanhol juntamente com o vento lateral fizeram muitos estragos, quebrando até a resistência de Wout van Aert.



O sprint final foi lançado de muito longe, por parte de Remco Evenepoel e certamente o campeão belga não estava à espera de ver Daniel Martinez a ultrapassá-lo pelo lado esquerdo. A ponta final do colombiano foi simplesmente forte demais para a concorrência e venceu no Alto da Fóia, diante de Remco Evenepoel e com alguns segundos de vantagem para um segundo grupo, comandado por Sepp Kuss. Com isto, Martinez é o novo líder da Algarvia.

António Morgado foi o melhor português na etapa, terminando em 11º a 20 segundos. O melhor representante das equipas nacionais foi Hélder Gonçalves, da Rádio Popular-Paredes-Boavista, em 26º a 1:38.

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