A todo o gás iniciou-se mais uma etapa desta Vuelta, hoje com uma fuga muito numerosa, num total com 34 ciclistas. David de la Cruz era o maior perigo para a geral, ao estar em 10º, numa fuga onde estavam nomes como Ivo Oliveira, Rui Costa, David Gaudu, Nelson Oliveira, Omar Fraile e Remi Cavagna.



A Jumbo-Visma também tinha Lennard Hofstede na frente no entanto isso não impediu a equipa do líder Primoz Roglic de controlar a vantagem para a frente, nunca a deixando superar os 4 minutos. Na frente, Ivo Oliveira, primeiro, e Rui Costa, depois, fizeram um trabalho incansável para os seus líderes.

A 31 quilómetros do fim, em plena ascensão para o Alto de la Garganta, e depois da Movistar se ter colocado ao trabalho a mais de 50 quilómetros da chegada, Marc Soler atacava no pelotão, conseguindo fazer a ponte para a frente já após passada a subida, com a ajuda essencial de Imanol Erviti.

Com a Jumbo-Visma a voltar ao controlo do pelotão, a vantagem foi aumentando, quase até aos 4 minutos. Na frente, e numa pequena subida de empedrado ainda antes do início de La Covatilla, Ion Izagirre, Gino Mader e Mark Donovan atacavam na fuga. Este trio entendeu-se bem, entrou com 40 segundos de vantagem na escalada final, o que levou o grupo perseguidor a partir-se cedo.



A 5900 metros do fim, Izagirre deixava para trás Mader, isto depois de já Donovan ter sido, no entanto David Gaudu aproximava-se rapidamente da frente, fazendo-o a 4,3 quilómetros do fim. O francês nem descansou, passando direto pelo basco da Astana e pedalou para o segundo triunfo nesta Vuelta, vencendo no Alto de la Covatilla com 28 segundos para Mader e 1:05 para Izagirre.

No grupo dos favoritos, e após uma ofensiva de Aleksandr Vlasov, foi Hugh Carthy o primeiro dos grandes favoritos a mexer-se. O britânico mexia-se a 3200 metros do fim, apanhando Vlasov e tranzendo consigo Carapaz, Roglic e Mas. Depois de várias tentativas de Carthy, foi Carapaz a desferir um forte ataque à entrada dos 3 quilómetros, que Roglic tentou seguir mas não conseguiu.



Carapaz deixou tudo na estrada mas Roglic ainda tinha, primeiro Hofstede (que vinha na fuga do dia) e depois a Movistar com Mas e Soler, para ajudar o esloveno a salvar a Vuelta! O equatoriano da INEOS cruzava a linha de meta em 8º, Carthy era 9º a 15 segundos e a 21 chegava Roglic que confirmava a revalidação do título da Vuelta a Espanha! A camisola vermelha fica presa no corpo do esloveno por 24 segundos em relação a Carapaz e 47 em relação a Carthy.

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