Dia de Strade Bianche! A expectativa era muita, não só pela grande espetacularidade que a prova dá mas também devido à possibilidade de chuva e lama aparecerem. Prova muito complicada que viu muitos ciclistas tentarem entrar na fuga do dia. Ataques e contra-ataques, sendo preciso esperar praticamente 40 quilómetros pela verdadeira formação da escapada. Ficavam na frente Nils Brun, Anders Halland Johannessen, Dion Smith, Mark Donovan e Lawson Craddock.
No pelotão, coube à UAE Team Emirates e EF Pro Cycling a perseguição e, a 100 quilómetros do fim, já não havia fuga. Rapidamente os ciclistas chegaram a um dos setores principais, o Monte Sante Marie, local onde a corrida se decidiu. Depois de Quinn Simmons ter tentado a sua sorte, foi Tadej Pogacar a movimentar-se. O esloveno mexia a 81,5 quilómetros do fim e … rapidamente ficou sozinho. Ninguém conseguiu seguir o ciclista da UAE Team Emirates que, quilómetro atrás de quilómetro, ia aumentando a sua vantagem para o grupo perseguidor.
40 quilómetros passados, 40 para o final e a vantagem de Pogacar era de praticamente 4 minutos! Falta de entendimento no grupo perseguidor, com Ben Healy a tentar por várias vezes distanciar-se mas a ser Maxim van Gils aquele que andou isolado por duas ocasiões. A 20 quilómetros do fim, quando Van Gils estava intermédio, Toms Skuijns fazia a ponte para o belga e ficavam 2 ciclistas com 1 minuto de vantagem para o grupo perseguidor, que já estava 4:30 de Pogacar.
Pogacar fez a sua corrida, alheio de tudo e todos, e ao fim de mais de 5 horas, ergeu os braços na Piazza del Campo, para vencer, de forma épica, a Strade Bianche. Minutos depois, os restantes lugares do pódio foram decididos na Via Santa Catarina, com Skuijns a ser 2º e Van Gils 3º. Pidcock atacou a menos de 20 quilómetros do fim para terminar em 4º. O top-5 ficou completo com Matej Mohoric.