Aos 36 anos Dries Devenyns mereceu a confiança da Quick-Step para continuar a representar a estrutura belga por mais 1 temporada. É um ciclista que já conhece os cantos à casa, com passagens entre 2009 e 2013 e agora em 2017 e, pelo menos 2021.
Curiosamente a sua melhor temporada foi em 2016, quando estava na IAM Cycling, uma formação com menos poderio financeiro e onde tinha bastantes oportunidades. Na Deceuninck-Quick Step é essencialmente um ciclista de trabalho, mas que mesmo assim vai tendo a sua chance, como se viu no Tour Down Under em que fez 12º e na Cadel Evans Great Ocean Road Race, onde bateu Pavel Sivakov ao sprint para levar a prova de vencida.
Uma formação como a Quick-Step precisa de corredores como Devenyns, que se dedicam totalmente ao trabalho e que aportam também muita experiência, e o mesmo se pode dizer de Iljo Keisse, que aos 37 anos vai continuar a vestir de branco e azul. Keisse cumprirá em 2021 a 12ª época ao serviço da equipa comandada por Patrick Lefevere.
Keisse é um ciclista diferente de Devenyns, no Inverno costuma fazer vários eventos na pista e dentro do plantel dedica-se muito mais ao lançamento do sprint, onde faz geralmente de 3º ou 4º elemento do comboio. Na carreira tem 2 vitórias memoráveis, uma etapa na Volta a Turquia em que ganhou isolado depois de cair no último quilómetro e a última tirada do Giro em 2015, quando bateu Luke Durbridge ao sprint.
Com as prolongações de contrato recentes (Yves Lampaert, Dries Devenyns e Iljo Keisse) a Deceuninck-Quick Step tem já um plantel com 26 ciclistas para 2021, o que significa que, mais ajuste, menos ajuste, a formação belga tem o plantel para 2021 fechado, um alinhamento que terá o português João Almeida.