Ainda faltam muitos meses para os Jogos Olímpicos de Paris, mas o critério para a atribuição das vagas que cada nação pode levar à prova de estrada está bem definido e essa distribuição ficou oficializada nos últimos dias. Essas vagas estão dependentes, principalmente, do UCI World Ranking de 2023 no que toca aos países e esse ranking fechou com o Tour of Guangxi. A qualificação também depende dos Campeoantos do Mundo e dos Campeonatos Continentais disputados este ano, para as nações que não consigam obter vagas através do UCI World Ranking.

O pelotão será muito reduzido e a corrida será certamente muito aberta. Os 5 primeiros países do ranking irão poder levar 4 corredores, o máximo permitido. Essas nações são a Bélgica, a Dinamarca, a França, o Reino Unido e a Eslovénia. Outro desafio será escolher 4 ciclistas entre tantos com qualidade nestes países. Espanha, Itália, Países Baixos, Austrália e Estados Unidos vão selecionar 3 ciclistas e Portugal integra o grupo de países que tem direito a 2 vagas. Fazem companhia ao nosso país a Suíça, a Colômbia, a Noruega, a Alemanha, a Áustria, a Irlanda, o Canadá, o Cazaquistão e a Nova Zelândia.

Para este ranking contam apenas os 8 melhores ciclistas de cada país, no caso de Portugal João Almeida, Rui Costa, Rúben Guerreiro, Nelson Oliveira, Rui Oliveira, Ivo Oliveira, Iuri Leitão e … António Morgado! Portugal ficou no 12º lugar, mas ainda longe do 10º posto, que daria direito a 3 vagas, Portugal terminou com 6645 pontos contra os 9703 dos Estados Unidos da América.

Para o contra-relógio todos os países do top 25 têm direito a 1 vaga. Eritreia, Equador, Rússia, Polónia e Letónia garantiram isso mesmo por pouco, ficam entre o 21º e o 25º lugar. Para além disso, os 10 primeiros países classificados nos últimos Mundiais de contra-relógio têm direito a uma vaga extra, casos de Bélgica, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Portugal, Austrália, Dinamarca, Noruega, Suíça e Canadá.

No lado feminino, o top 5 do UCI World Ranking foi composto por Países Baixos, Itália, Bélgica, Reino Unido e França, todas podem levar 4 corredoras, enquanto Suíça, Polónia, Alemanha, Austrália e Estados Unidos ficaram entre o 6º e o 10º posto. Portugal conquistou 1 vaga para a prova de estrada por muito pouco, ficou no 45º lugar do ranking, numa pontuação em que quem contribuiu mais foi Maria Martins. Desde 1996, em Atlanta, que Portugal não tinha uma representante na prova de estrada feminina dos Jogos Olímpicos.