Um dia totalmente plano não significou descanso para o pelotão. Estava previsto vento, apesar de diversas previsões darem condições meteorológicas distintas, e este foi suficiente para se fazerem cortes no pelotão. Simon Pellaud, Thomas de Gendt, Josef Cerny e Marco Frapporti ainda andaram em fuga mas com o pelotão a acelerar foram rapidamente apanhados.
Dequininck-QuickStep e Jumbo-Visma aceleravam no grupo, deixavam nomes como Jakob Fuglsang, Rafal Majka, Harm Vanhoucke, Simon Yates e Domenico Pozzovivo para trás. Também este grupo secundário se chegou a partir, com os últimos 3 a ficarem num grupo ainda mais atrasados. A cerca de 95 quilómetros do fim, o grupo de Fuglsang e Majka regressava à frente e, 15 quilómetros depois era a vez do outro grupo se juntar ao pelotão.
O ritmo do pelotão acalmava, finalmente, e voltava-se a formar uma fuga, que tinha na frente dois dos nomes que já tinham tentado logo a iniciar a etapa: Simon Pellaud e Marco Frapporti. A vantagem nunca foi superior a 30 segundos, o nervosismo era muita e os dois fugitivos eram apanhados a 56 quilómetros do fim. Várias quedas foram acontecendo pelo caminho, com Harm Vanhoucke e Jakob Fuglsang a ficarem envolvidos mas conseguiram reentrar à falta de 20 quilómetros.
O nervosismo manteve-se nos quilómetros finais, com muitas equipas a tentarem chegar-se à frente. Deceuninck-QuickStep ganhou a batalha numa primeira fase mas foi a Groupama-FDJ a entrar na frente no quilómetro final, voltando a fazer um trabalho irrepreensível para Arnaud Demare. O campeão francês partiu na pole position e não desiludiu, conquistando a segunda vitória consecutiva no Giro, a 3ª nesta edição. Peter Sagan voltou a ser 2º, com Michael Matthews a completar o pódio. João Almeida passou incólume a esta etapa e mantém a liderança do Giro.