O fim-de-semana trouxe dificuldades maiores no Tirreno-Adriático. Uma maratona de 221 quilómetros com várias subidas muito íngremes e curtas. Ao contrário dos restantes dias, hoje a fuga foi bastante numerosa, com um total de 10 elementos, sendo eles Nans Peters, Mirco Maestri, Marcus Burghardt, Joey Rosskopf, Krists Neilands, Luis Mas, Giovanni Visconti, Jenthe Biermans, Robert Power e Jasper Stuyven.
Inicialmente foi a Mitchelton-Scott a perseguir, no entanto a equipa australiana não estava com muita vontade e deixou a fuga chegar aos 9 minutos, o que levou as equipas da Astana, Jumbo-Visma e Lotto-Soudal a perseguir.
O trabalho destas equipas funcionou, com a fuga a ter apenas 2 minutos nos últimos 50 quilómetros, altura em que aconteceram várias quedas no pelotão, com destaque para Tony Martin. Pouco depois, e com uma maior velocidade no pelotão, a fuga estava alcançada.
A Astana imprimia um ritmo bastante forte e, a 37 quilómetros do fim, Alexey Lutsenko lançou-se ao ataque sem resposta de ninguém. Tudo isto levou à fratura do pelotão já que na mais direta perseguição ao cazaque estavam Fuglsang, Formolo, Alaphilippe, Clarke, Benoot, Yates, Roglic e Dumoulin.
Lutsenko ganhou, imediatamente, uma vantagem bastante sólida, entrando com 45 segundos de vantagem para o grupo perseguidor (que tinha sido alcançado por um grupo de 25 unidades) no circuito final, à falta de 19 quilómetros.
10 quilómetros passados e com a entrada na última volta, Lutsenko tinha 50 segundos de vantagem, apesar de uma queda que teve mesmo antes da passagem pela meta. Na última dificuldade do dia, Primoz Roglic parecia uma mota subida acima, e com um ritmo infernal, apenas Fuglsang e Yates o conseguiram seguir.
O ritmo do esloveno era tão forte que no final da subida, a menos de 5 quilómetros da chegada, restavam 12 segundos a Lutsenko. A etapa estava ao rubro e ainda melhor ficou quando Lutsenko caiu à falta de 2000 metros. A diferença foi ainda menor e o cazaque foi caçado a 700 metros do fim. Parecia que tinham acabado as possibilidades de vitória mas desenganem-se. Roglic liderou o grupo até ao final e até foi ele a lançar o sprint no entanto Lutsenko ainda tinha gás no tanque e com um sprint fantástico conseguiu uma vitória incrível à frente de Roglic e Yates, que continua na liderança. O grupo perseguidor chegou a 23 segundos liderado por Alberto Bettiol.