Os nossos leitores decidiram e elegeram Caleb Ewan como a grande desilusão de 2023. Num total de 253votos (obrigado pela participação), o pequeno australiano da Lotto-Dsnty obteve uma vitória que ninguém quer ter, arrecadando 60 votos, o que corresponde a 24%. Numa votação muito disputada, Enric Mas e Daniel Martinez ficaram empatados com 58 votos, com Biniam Girmay a ter 55. No dia de amanhã, sairá a 6ª sondagem, onde vamos eleger a melhor vitória do ano.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, é hora das 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha.

 

André Esteves – Daniel Martinez

Uma das sondagens mais difíceis de decidir. Todos os nomes em votação estiveram muito mal em 2023 no entanto destaco, pela negativa, Daniel Martinez. Depois de uma temporada onde se destacou em provas por etapas World Tour e clássicas das Ardenas, a época que terminou foi um desastre autêntico. Abriu a temporada a meio gás, foi 2º nos difíceis Nacionais da Colômbia e veio a Portugal vencer a Volta ao Algarve, devido a um super contra-relógio. A partir daqui, o ciclista da INEOS Grenadiers desapareceu por completo. Fez mais 39 dias de competição e … 4 top-10. Muito mas muito fraco.



Aos 27 anos, e em ano de contrato, o colombiano esteve muito fraco e não mereceu a confiança da equipa britânica para renovar o seu vínculo. Este é uma altura importante da sua carreira para saber se consegue dar o salto para um ciclista de grande nível capaz de disputar provas por etapas e clássicas ou ser um gregário de luxo como aconteceu no Giro 2021 ganho por Egan Bernal. Tem uma oportunidade de ouro na BORA-hansgrohe, com um contrato de 4 anos! Veremos se volta ao nível apresentado noutros anos e será um gregário numa equipa recheada de ciclistas importantes.

 

João Crespo – Biniam Girmay

Com todo o espaço do Mundo numa Intermarche-Wanty que ficou sem Alexander Kristoff, é a minha escolha por tudo o que alcançou em 2022 e que não fez em 2023. Sou um fã confesso do eritreu, que veio impulsionar ainda mais o ciclismo em África, mas aos 23 anos e depois de ter ganho a Gent-Wevelgem e 1 etapa na Volta a Itália, há que dizer que defraudou as expectativas.

Girmay está numa faixa etária onde se espera crescimento, evolução e não uma queda abrupta dos resultados. O ano até nem começou mal, tudo começou a descambar nas clássicas, onde também foi vítima de queda. Até regressou com uma boa vitória na Volta a Suíça, a melhor do ano, só que depois eclipsou-se até ao final da época, uma crise de confiança que exacerbou as fragilidade já demonstradas, o eritreu não é propriamente um puro sprinter e tem alguns problemas de colocação, que por vezes também prejudicam o seu desempenho nas clássicas.



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