A Dimension Data é de longe uma das equipas World Tour com piores resultados, os números não mentem. Apenas 9 triunfos em 2019, dos quais somente 1 foi no World Tour. Números muito aquém do expectável e do exigido para uma formação deste nível e que apesar de ter um plantel débil tem alguns ciclistas com valor para correr na principal divisão do ciclismo mundial. Tirando campeonatos nacionais e continentais só 2 corredores festejaram este ano: Giacomo Nizzolo e Edvald Boasson Hagen.




Ora, a formação sul-africana está a preparar grandes mudanças para 2020, em primeiro lugar entrará um novo patrocinador e a equipa vai passar a chamar-se Team NTT e as contratações já começaram a surgir, primeiro foi a de um líder para 2020 na figura de Victor Campenaerts, é um corredor que é garantia de uns pódios por ano e que é o actual recordista da hora. Supostamente uma grande fatia do orçamento ficará livre com a saída de Mark Cavendish.

Nos últimos dias a equipa tem estado muito activa no mercado. Até agora, Carlos Barbero fez toda a sua carreira em equipas espanholas (Orbea, Caja Rural e Movistar) no entanto 2020 vai marcar um ponto de viragem na sua carreira. O sprinter espanhol de 28 anos vai correr pela na futura Team NTT, uma equipa que está a ver sair muitos dos seus ciclistas, alguns deles homens rápidos. Barbero é o típico sprinter espanhol, que adora chegadas em pequenos topos, daí as muitas vitórias conseguidas na Vuelta a Burgos, Castilla y Leon, Madrid e Circuito Getxo. Único duplo vencedor da Volta ao Alentejo parece ter estagnado na Movistar, onde nem sempre tem as oportunidades que precisa.




Quem também irá para a formação sul-africana é o austríaco Michael Gogl. Com 25 anos, o ciclista que corre na Trek-Segafredo desde 2017 é um bom corredor de equipa, passa bem as colinas e a média montanha, trabalhando bastante em prol dos seus líderes. Poucas são as chances que tem para brilhar mas quando as tem não costuma falhar. 8º na Amstel Gold Race de 2017, 4º na Volta a Dinamarca 2016 e 5º no Tour des Fjords e Tour de Poitou Charents mostram bem quais são as características de Gogl.

O outro reforço, anunciado hoje de manhã foi o alemão Max Walscheid, um verdadeiro gigante de 2 metros que deslumbrou quando apareceu a sério pela 1ª vez, ao ganhar 5 etapas no Tour of Hainan, em 2016. Em 2017 acabou bem o ano, vencendo na Volta a Dinamarca e somando 2 pódios no Tour of Guangxi. 2018 foi a sua melhor época até agora, 2 triunfos e 3 pódios no World Tour e este ano destaca-se o 2º posto na Scheldeprijs.




É um ciclista com uma evolução curiosa, a sua ponta de velocidade não tem evoluído como se esperava na Team Sunweb e até tem melhorado mais é nos contra-relógios. Tem algumas dificuldades de colocação e isso retira-o imediatamente de alguns sprints. Globalmente são 3 reforços razoáveis, mas todos eles têm algo em comum: nenhum deles rendeu como se esperava em 2019 e nenhum parece capaz de ganhar no World Tour, algo que a equipa necessitava desesperadamente, será certamente 3 apostas de risco.

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