Última etapa do Criterium du Dauphine 2022, com a Jumbo-Visma a ter a responsabilidade de defender a liderança de Primoz Roglic, tendo ainda Jonas Vingegaard no 2º lugar. Jornada bem dura e que já não contou com Enric Mas, o líder da Movistar abandonou para repousar antes do Tour depois de ter sofrido uma aparatosa queda nesta corrida.
O início de tirada em subida levou a que se formasse uma fuga bastante grande e forte, constituída por Eddie Dunbar, Laurens de Plus, Matteo Fabbro, Gorka Izagirre, Bruno Armirail, Michael Storer, George Bennett, Antonio Tiberi, Kenny Elissonde, Antwan Tolhoek, Franck Bonnamour, Pierre Rolland, Simon Geschke, Jan Hirt e Alexis Vuillermoz. Com Geschke e Elissonde a menos de 6 minutos na geral o pelotão não concedeu grandes facilidades e a 55 kms da meta a diferença era de apenas 2:15.
No Col de la Colombiere a Jumbo-Visma continuou a impor um ritmo elevado, enquanto a fuga se partia por completo. Descontente com o ritmo a Groupama-FDJ colocou Bruno Armirail a trabalhar para Michael Storer e apenas Dunbar, Elissonde e Bennett os conseguiram seguir. Quando o francês acabou o seu trabalho a intensidade baixou ligeiramente e isso também permitiu a Laurens de Plus e Jan Hirt fazerem a ponte para a frente. O sexteto terminou a subida com menos de 1:30 sobre o grupo principal, onde já não constava Ethan Hayter.
Laurens de Plus sacrificou-se para Dunbar e foi graças a esse esforço que a fuga ainda chegou à subida final com 1 minuto de avanço, sendo que nas primeiras rampas foi Jan Hirt a mostrar-se com mais força. O grupo dos favoritos desfazia-se por completo ao passo de Steven Kruijwijk, com Gaudu, McNulty, Jorgenson e Johannessen a cederem ainda nos primeiros 3 kms. Bennett e Storer foram a ritmo e apanharam Hirt a 8 kms da meta, quando já só lhes restava 20 segundos para os favoritos. O comboio amarelo alcançou Bennett a 6,5 kms do final, numa altura em que apenas O’Connor, Chaves e Haig conseguiam segui-los.
O domínio era tanto que Vingegaard acelerou e apenas Roglic o conseguiu acompanhar, deixando Ben O’Connor, o rival mais próximo, completamente a pé. O duo das “abelhas” abriu uma vantagem de 15 segundos que se manteve sempre a rondar estes valores até ao final da subida graças a uma forte resistência de Ben O’Connor. No final, e como Roglic não precisava das bonificações, deixou a vitória na etapa para Jonas Vingegaard, num grande momento para a Jumbo-Visma. Ben O’Connor foi 3º, Chaves 4º, logo seguido por Ruben Guerreiro, que assinou aqui uma das melhores exibições da carreira numa chegada em alto.
Na classificação geral Ruben Guerreiro subiu ao 9º posto da classificação geral, numa belíssima prestação do ciclista português.