Dia decisivo na Vuelta a Espanha, com a antecipada chegada ao Angliru a marcar a batalha da classificação geral! Etapa curta, menos de 125 quilómetros e, novamente, ataques e contra-ataques pela presença na fuga do dia, com Remco Evenepoel muito ativo, tal como se previa. Com cerca de 30 quilómetros percorridos, e já com Mattia Cattaneo, Lorenzo Germani, Chris Hamilton, Larry Warbasse e Romain Combaud na frente um grupo com o inevitável Evenepoel conseguiu fazer a ponte para a frente.



Ainda longe das contagens de montanha, mas com pequenas subidas pelo caminho, o grupo da frente ficava reduzido a Evenepoel, Cattaneo e Germani ainda com 75 quilómetros por percorrer. O italiano deu tudo o que tinha, fez 50 quilómetros brutais, levando o seu líder confortável na sua roda entre o Alto de la Colladiella e o sopé do Alto del Cordal.

Evenepoel decidiu começar a sua aventura em solitário a 25 quilómetros do fim, com o pelotão comandado pela Jumbo-Visma a estar a 2:50. Pelo meio, e depois de ter atacado na primeira subida do dia, seguia Marc Soler, com cerca de 1 minuto de vantagem para o pelotão. No topo do Alto del Cordal, Evenepoel mantinha uma vantagem saudável, 2:30, com o pelotão a ser comandado pela Bahrain-Victorious.

Enquanto o grupo dos favoritos acelerou descida abaixo, Evenepoel teve mais cuidado, perdeu muita vantagem, entrando com 1:20 no início do Angliru, altura em que Soler já tinha sido apanhado. Se na primeira parte da subida a diferença não caía consideravelmente, nos últimos 7 quilómetros não se pode dizer o mesmo, com o trabalho da Bahrain-Victorious a ter efeitos e o belga a ser apanhado a 5600 metros do fim.



Um já reduzido grupo dos favoritos, onde já não estavam Aleksandr Vlasov e João Almeida, viu Romain Bardet tentar a sua sorte, só que a Bahrain-Victorious tinha outra ideias, e, ao ritmo de Wout Poels, o grupo ficou reduzido a Poels, Landa, Buitrago, Kuss, Vingegaard, Roglic e Mas, ainda com mais de 5 quilómetros pela frente. Mas era o próximo a ceder, deixando 3 Bahrain-Victorious contra 3 Jumbo-Visma.

Os derradeiros 4 quilómetros foram feitos debaixo de um nevoeiro cerrado e foi a 2900 metros do fim que Poels terminou o seu trabalho, com Roglic a aumentar o ritmo e a distanciar os seus rivais. Diferenças curtas e Kuss e Vingegaard conseguiram encostar no esloveno, só que a 1900 metros da chegada, o líder Kuss ficava para trás. Roglic e Vingegaard fizeram a sua corrida, Kuss ficou com Landa e a partir começou o suspense. Diferença a rondar os 15-20 segundos, a camisola vermelha presa por segundos mas foi suficiente.



Roglic fez a parte final na frente e ficou com o triunfo, Vingegaard foi 2º e Kuss chegava em 3º, a 19 segundos, com Landa. João Almeida foi de menos a mais, ultrapassou diversos ciclistas e foi 5º a 58 segundos, Cian Uijtdebroeks perdeu 1:20, Ayuso 1:42 e Mas 1:43. Na classificação geral, Kuss mantém a liderança da Vuelta mas apenas com 8 segundos de vantagem para Vingegaard e 1:08 para Roglic. Ayuso ainda é 4º mas a já 4 minutos. João Almeida subiu a 9º.

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