O Tour de France já lá vai mas o ciclismo não pára. Se na maioria dos países os Campeonatos Nacionais se realizaram no fim-de-semana anterior à competição francesa, a Bélgica decidiu esperar pelo seu término para fazer a prova de estrada, uma vez que o contra-relógio foi realizado na data UCI, onde Wout van Aert triunfou.
Com um pelotão muito numeroso, a fuga também teve o mesmo destino. Cerca de 20 ciclistas saltaram para a frente de corrida, entre os quais nomes como Dries de Bondt, Tosh van der Sande, Pieter Serry, Edward Theuns, Jan Bakelants, Jelle Wallays e Iljo Keisse. Mesmo com 2 representantes na frente, a Lotto Soudal não fugiu à responsabilidade, perseguindo no pelotão, já que, à partida, era a equipa mais representada, com um total de 15 ciclistas.
Os ataques no pelotão começaram a surgir por intermédio de Sep Vanmarcke, a 47 quilómetros da chegada. Este ataque partiu o grupo dos favoritos, ficando poucos ciclistas de trabalho, o que levou a fuga a voltar a ganhar tempo, entrando com 2 minutos de vantagem na derradeira volta ao circuito, isto é, nos últimos 17 quilómetros.
Sentindo a proximidade de um possível título nacional e querendo fazer uma seleção no grupo, Dries de Bondt, Jelle Wallays e Pieter Serry tentavam desfazer o grupo mas este teimava em unir-se, novamente. De Bondt tanto tentou que conseguir abrir uma pequena vantagem a 8000 metros do fim, vantagem essa que cresceu até aos 15 segundos e foi suficiente para o combativo ciclista da Alpecin-Fenix celebrar a vitória mais importante da sua carreira. Um prémio merecido para um ciclista que nem sempre consegue vencer, devido ao seu estilo atacante, mas que costuma dar bastante espetáculo.
No grupo perseguidor, a colaboração não foi muita, pelo que tiveram que se contentar com os lugares mais baixos do pódio. No sprint, a Deceuninck-QuickStep fez 2º e 3º, com Iljo Keisse e Pieter Serry, respetivamente.