É reconhecido que a Holanda é o país dominador no ciclismo feminino, e hoje essa posição ficou bem marcada no panorama velocipédico. Depois de Rozemarijn Ammerlaan levar a prova de juniores, o pódio foi todo “laranja” nas elites.
Quando Anna van der Breggen chegou, ainda se pensou que a ciclista da Boels iria derrotar a sua “Némesis”, Annemiek van Vleuten. É que Breggen tinha metido praticamente 1 minuto em Ellen van Dijk, uma das compatriotas e favoritas ao ouro. Mas com o passar dos quilómetros, a campeã mundial de 2017 (e que teve o privilégio de partir em último lugar por causa disso) foi ganhando segundo atrás de segundo, reafirmando o domínio que tem tido este ano, depois de levar para casa a La Course ou o Giro Rosa.
Van Vleuten, que representa a Mitchelton-Scott e falhou o contrarrelógio colectivo para se poupar para hoje, terminou com 29 segundos sobre Anna van der Breggen e 1:25 sobre Ellen van Dijk, que ficou com a medalha de bronze por uma escassa margem, menos de 2 segundos sobre a canadiana Leah Kirchmann.
No top 10 só estiveram presentes 4 nações, a Holanda com 1ª, 2ª e 3ª (feito inédito) e 6ª (graças a Lucinda Brand), o Canadá, que para além de Leah Kirchmann ainda colocou Karol-Ann Canuel no 8º posto, os Estados Unidos da América, que colocou as suas 3 representantes no top 10 (Leah Thomas 5ª, Amber Neben 7ª e Taylor Wiles 10ª) e ainda a solitária Elisa Longo Borghini, a “intrusa” entre as 10 primeiras. O registo de Annemiek van Vleuten foi de uma qualidade tal que daria para ficar com a medalha de prata na prova de juniores masculinos e ficar no meio do pelotão nos sub-23 masculinos.