Penúltima etapa da Vuelta a Espanha 2024, etapa rainha da competição! 172 quilómetros que se iniciaram a toda a velocidade, com a fuga a formar-se relativamente cedo, constituída pelo líder da montanha Marc Soler, Jay Vine, Clement Berthet, Marco Frigo, Sylvain Moniquet, Carlos Canal, Jack Haig, Thomas Champion, Harold Tejada e Pablo Castrillo. Ainda existiram diversos ataques no pelotão, só que mais ninguém se conseguiu juntar à frente, ficando 10 ciclistas fugidos.
Numa primeira fase, a Red Bull – BORA – hansgrohe fez a perseguição, antes da INEOS Grenadiers pegar na corrida, antes do Puerto de la Braguía. As primeiras três subidas fizeram-se a ritmo, com Vine a passar na frente, passando para a liderança virtual da montanha. Aparecia a primeira subida de 1ª categoria e o inevitável Marc Soler lançava-se ao ataque. Rapidamente o espanhol ficava sozinho, passando na frente a subida, até voltar a ser apanhado pelo grupo na descida … antes de voltar a atacar no início da subida seguinte. Atrás, nova cara no pelotão, com a Soudal QuickStep a comandar o grupo.
A subida passava, Soler era primeiro e, como muitos quilómetros atrás, era apanhado na descida por Vine, Berthet, Frigo e Castrillo. O Puerto de los Tornos iniciou-se com a fuga a ter apenas 1 minuto de vantagem e com Soler, Castrillo e Frigo a cederem bem cedo na frente de corrida. A corrida explodiu bem cedo no pelotão, com Mattia Cattaneo a acelerar e apenas Landa e 3 Red Bull-BORA, incluindo Primoz Roglic a seguirem. Quase todos os ciclistas do top 10 conseguiram recolar, com exceção de Mattias Skjelmose e Carlos Rodriguez. 32 quilómetrospara o fim, 6 para o topo da subida e Vine e Berthet eram apanhados. Pouco depois, Skjelmose salvava a primeira ameaça, recolando no grupo dos favoritos.
Cattaneo terminava o trabalho e surgiam os primeiros ataques, com Pavel Sivakov a mexer. Ninguém seguiu o francês que foi aumentando a sua vantagem, já que no grupo dos favoritos a Red Bull-BORA não se importava muito. Os quilómetros iam passando, rapidamente se chegou ao sopé de Picon Blanco e Sivakov entrou com praticamente 1 minuto de vantagem para os favoritos. Voltou a ser a Soudal QuickStep a pegar na corrida, mas foi algo momentâneo, já que a equipa de Roglic apareceu nas primeiras rampas da subida final.
Ninguém estava com intenção de atacar, sendo preciso esperar pelos últimos 5 quilómetros, para Eddie Dunbar se mexer. O irlandês tentava juntar-se a Sivakov, conseguindo-o mais à frente. 3 quilómetros para o fim e, depois de várias tentativas, David Gaudu e Urko Berrade saíam do grupo dos favoritos, numa altura em que Dunbar quebrava com a resistência de Sivakov. A partir daqui, muitas reviravoltas na estrada, com Mas, Carapaz e Roglic a estarem destacados várias vezes, mas sempre com os restantes a conseguirem juntar-se.
Sempre ao seu ritmo, muito certinho, estava Dunbar que, com muito esforço, e depois de um ataque no momento certo, celebrou o triunfo em Picón Blanco, o segundo nesta Vuelta. Mas foi 2º a 7 segundos, Roglic 3º a 10, Carapaz a 12, O’Connor a 14 e Gaudu a 21. Nas contas da geral, as diferenças foram curtas e Roglic segue líder para o contra-relógio final, com 2:02 para O’Connor que tem 9 segundos de vantagem para Mas.